Enquanto finaliza os preparativos para o lançamento da nova geração do Citroën C3 no Brasil, a Stellantis já trabalha no próximo SUV da marca francesa. A terceira geração do C3 Aicross deve chegar em 2024 à Europa (e em 2025 no Brasil) com uma missão clara: acabar com o C4 Cactus e incomodar modelos consagrados como Honda HR-V, Jeep Renegade e VW T-Cross.

A mudança de atitude do C3 Aircross será clara: ele ficará menos minivan e mais SUV. Isso foi sentido com o tempo, já que a primeira geração era uma versão aventureira da C3 Picasso, enquanto a segunda manteve a aura aventureira, mas o corpinho de minivan. Agora, como até a Citroën desistiu das Picasso, o modelo se converterá de vez em um SUV.

Sai de cena a plataforma PF1 usada ainda pelo Peugeot 2008 nacional, entra em cena a CMP (futuramente STLA Small) que dá vida ao novo Citroën C3 brasileiro e também ao Peugeot 208. Isso permitirá ao Aircross crescer para 4,30 m de comprimento, onde o colocará entre os maiores do segmento junto de Hyundai Creta (4,30 m) e Honda HR-V (4,33 m).

Essa mudança de atitude permitirá à Citroën fazer uma boa escada de SUVs. Começa com o C3 Aircross, mas abre espaço para um futuro C1 ou C2 Aircross com porte que hoje o C4 Cactus preenche (4,13 m de comprimento). Depois cresce para o SUV cupê C4 e seu irmão SUV sedã C4 X, finalizando entre o C5 Aircross com porte generoso e o C5 X com estilo cupê.

O estilo seguirá essa nova tocada que o C3 brasileiro já mostra: carroceria musculosa, marcada por vincos fortes, capô reto e área envidraçada pequena com teto estilo flutuante. Dos novos C4 e C5 Aircross virão os faróis em X, ainda divididos. Os típicos airbumps da Citroën, que nasceram no C4 Cactus, estarão lá também.

Conforto e eletricidade

Segundo informações do Carscoops, o qual também produziu a projeção que ilustra a matéria, o Citroën C3 Aircross de terceira geração será um carro voltado ao conforto. A Citroën tem essa vertente dentro do grupo, investindo fortemente em suspensões com altíssima absorção de impacto e pouco movimento de carroceria, além de bancos extra macios.

Os motores vão variar de acordo com cada país, mas para a Europa o Citroën C3 Aircross terá o 1.2 PureTech com versões de 100 cv e 130 cv. Haverá ainda uma variante totalmente elétrica com o mesmo conjunto do Peugeot e-208, entregando 136 cv e 345 km de autonomia. Uma versão menos potente e mais barata com cerca de 100 cv é esperada.

Já para o Brasil, caso de fato ele venha, o Citroën C3 Aircross deverá usar somente motores da Fiat. Ele deve seguir o conjunto mecânico usado pelo Fiat Pulse. Ou seja, motor 1.3 aspirado nas versões de entrada e 1.0 turbo nas mais caras. Todos terão câmbio automático do tipo CVT e dificilmente a Citroën oferecerá uma versão manual.

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