Cinco carros que nasceram em uma marca, mas fizeram sucesso em outra

Projetos originais de uma marca, migraram para outras que fizeram com que aqueles carros fizessem mais sucesso

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Daewoo Lacetti Premier [divulgação]

Dentro de um mesmo grupo automotivo, muitas vezes uma marca desenvolve localmente alguns carros que fazem sentido para outros mercados. Mas, em alguns casos, por falta de atuação em outros países, recorre a alguma marca irmã para vender seu modelo. Só que o jogo às vezes vira.

Cinco casos aqui exemplificam exatamente isso. Esses carros nasceram a partir do projeto de uma marca, mas migraram para outra e lá fizeram verdadeiro sucesso. E alguns desses exemplos estiveram aqui no Brasil.

Chevrolet Meriva

Quando as minivans eram um sucesso nas mesmas proporções dos SUVs, todas as marcas queriam um monovolume. A Chevrolet do Brasil tomou como base a terceira geração do Corsa para lançar a Meriva. E o projeto agradou tanto aos europeus, que decidiram vender a minivan por lá como Opel.

Só que por aqui ela permaneceu em linha até 2013, quando foi substituída pela Spin (que também matou a Zafira). Já lá na Europa, o destino da Meriva foi bem diferente. Ela ganhou uma segunda geração com portas traseiras com abertura invertida e visual bastante moderno. Morreu em 2017 substituída pelo SUV compacto Crossland X, que tem base de Peugeot.

Daewoo Lacetti

A segunda geração do Daewoo Lacetti foi o canto do cisne da marca sul-coreana antes de oficialmente se tornar Chevrolet Coréia do Sul. Originalmente lançado como Lacetti Premier em agosto de 2008, ele ganhou o mundo como Chevrolet Cruze.

As modificações feitas entre o Daewoo e o Chevrolet eram pequenas, sendo restritas somente à grade frontal e logotipos. A Daewoo liderou todo desenvolvimento do projeto do carro em conjunto com a engenharia da Opel. Restou à Chevrolet vender o Cruze e desenvolver a segunda geração, que pode vir a ser sua última.

Audi 50

Quem diria que o Volkswagen Polo já foi um Audi? Nascido em 1974, o Audi 50 era a primeira entrada dos alemães no mercado de hatches compactos. O mercado já tinha o italiano Fiat 127 e o francês Renault 5 no páreo. Mas coube à Audi a tarefa de desenvolver um modelo de pequeno porte.

Contudo, seis meses apenas depois de seu lançamento, a Volkswagen viu ali uma oportunidade de ter um modelo mais barato que o Golf, ainda que o porte não fosse muito distante. Pegou o Audi 50, deu a ele novos motores, o nome de Polo e o vendeu mais barato. Como resultado, o 50 saiu de linha em 1978 e o Polo está aí vivo até hoje.

Dacia Logan

Não dá para dizer que o Logan não é um sucesso com a Dacia, muito pelo contrário. Mas ao ser transformado em Renault que ele ganhou o mundo além da Europa. E não somente isso: passou a constituir família. O Sandero é um projeto totalmente brasileiro que agradou tanto aos europeus que passou a ser vendido por lá.

Se o Dacia Logan não tivesse se transformado em Renault Logan, o Sandero jamais existiria. Além disso, a mudança de marca fez com que a Dacia ganhasse um pouco mais de qualidade e equipamentos em seus carros. O objetivo era que a defasagem entre o Logan e os demais produtos Renault ficasse menor e menos nítida que na primeira geração.

Fiat 124

O caso do Logan se repete aqui. O Fiat 124 foi um enorme sucesso no mundo todo, sendo produzido de 1966 a 1974 na Italia, Malasia e Marrocos. Mas o que impressiona é a quantidade de carros derivados ao redor do mundo. Teve versão Seat, Tofas e Premier Automobiles. Mas o que se destaca é o Lada Laika.

Junto do VW Fusca e do Hindustan Ambassador, ele foi o carro com produção mais longeva da história. Foram 32 anos ininterruptos com fabricação concentrada na Rússia e no Egito. E durante esse tempo todo ele permaneceu praticamente idêntico. Teve versões picape, sedã e perua, além de uma infinidade de nomes diferentes ao redor da sua história.

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