Chevrolet Bolt atrasou no Brasil porque produção nos EUA parou

No final do ano passado, a Chevrolet havia prometido que lançaria quatro carros no Brasil: S10 Z71, Cruze Midnight e Cruze RS, além dos renovados Bolt e Equinox. Os planos, no entanto, foram concluídos em apenas um quarto. Dos quatro lançamentos prometidos, apenas o da S10 Z71 se concretizou no ano passado, enquanto os Cruze chegaram neste ano. Agora ainda faltam Bolt e Equinox. (matéria atualizada em 17/02 – 15h40 com declaração da GM)

O atraso no lançamento se deu por diversos problemas, incluindo a crise dos semicondutores. Mas parte do mistério foi descoberto pelo Detroit Free Press. A produção do Chevrolet Bolt está parada há mais de um mês e seguirá assim até 4 de abril, quando a planta de Orion volta com a fabricação a pleno vapor.

A fábrica já fez duas paradas desde a revelação do novo Bolt EV e do Bolt EUV, tudo por conta de alguns problemas no processo produtivo. Nesse momento o que pesa contra o retorno do Bolt é o recall das baterias que ele enfrenta. As unidades feitas pela LG Electronics Inc. apresentaram problemas que poderiam colocar o Bolt em risco de incêndio.

A LG reembolsará a Chevrolet em US$ 1,9 bilhão (R$ 9,77 bilhões) por culpa dos problemas causados pelas baterias. Cerca de 140 mil unidades do Bolt e do Bolt EUV feitas entre 2017 e 2022 apresentaram as baterias problemáticas e estão em recall. Existem até unidades que só saíram da fábrica para a concessionária e já foram convocadas.

Dos 18 incêndios globais ocorridos no Bolt, 15 foram identificados pela GM como causados pelo problema nas baterias. Reparos serão feitos e trocas em todos os modelos afetados. A produção na fábrica deve retomar já com o Bolt e Bolt EUV devidamente renovados. As unidades a serem importadas para o Brasil já serão do novo lote.

ATUALIZAÇÃO: EEm comunicado oficial, a Chevrolet declara que “o Bolt EV é feito na fábrica da GM em Orion, nos Estados Unidos, e alterações na cadência de produção impactam o cronograma de fornecimento e comercialização do novo modelo no mercado brasileiro.”

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