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CEO da Jaguar chama marca de medíocre e promete mudanças

Tentativa de se tornar a BMW britânica falhou, na visão da Jaguar, que voltará a focar em carros mais caros

Jaguar F-Pace SVR 2022 [divulgação]
Jaguar F-Pace SVR [divulgação]

Desde que se tornou parte do grupo Ford e depois foi vendida para a Tata, a Jaguar mudou seu foco no mercado de luxo. Anteriormente presente com carros de visual clássico e luxo (além de preço) acima do trio de ouro alemão, a marca pretende voltar às suas raízes depois de se tornar uma fabricante medíocre, como apontou seu próprio CEO.

Em entrevista ao Automotive News Europe, Adrian Mardell, CEO da Jaguar afirmou que a tentativa da marca em se tornar igual às alemãs Audi, Mercedes-Benz e BMW levou a marca a mediocridade e à falta de equidade. O grande problema da marca foi tentar agradar a todos, o que se tornou “o beijo da morte”, segundo o CEO.

Por isso, a ideia da Jaguar com seu futuro 100% elétrico é voltar às raízes. Não quer dizer que a Jaguar vai voltar a fazer carros com cara de sedãs clássicos dos anos 1960. Contudo, de acordo com o chefe de design da marca, Gerry McGovern, a marca “não se preocupa em ser amada por todo mundo” e por isso fará carros com desenhos que dividirão opiniões.

Jaguar I-Pace [Auto+ / João Brigato]
I-Pace [Auto+ / João Brigato]

A ideia é fazer com que os carros da Jaguar voltem a chocar e chamar atenção, sendo descritos como “ousadíssimos” pelos executivos da marca. Por isso, a marca britânica vai mirar em segmentos bem mais caros. A estratégia é deixar de brigar com Audi, Mercedes-Benz, BMW e Volvo e partir para a categoria superior.

Os novos Jaguar serão mais caros e refinados para se tornarem concorrentes de Bentley, Mercedes-Maybach, Porsche e outras marcas mais refinadas. Isso porque o foco deixará de ser a Europa, para atingir os EUA. Segundo Mardell, “existem 20 milhões de milionários nos EUA. Por isso, uma marca de baixo volume e preço alto é o lugar certo da Jaguar”.

Jaguar F-Type P300 [divulgação]
F-Type P300 [divulgação]

Portanto, modelos de alto volume como XE e E-Pace não terão futuro no lineup da Jaguar. É possível até que os intermediários XF e F-Pace deixem de fazer sentido no novo patamar que a marca quer se colocar. O que se sabe é que o primeiro modelo dessa nova fase será um sedã totalmente elétrico com 700 km de autonomia e preço acima de US$ 120 mil. 

Acha que essa nova estratégia da Jaguar vai salvar a marca? Dê sua opinião nos comentários.

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