Depois da primeira parte da lista que revelava cinco versões de alto custo de carros vendidos no Brasil, trouxemos mais cinco exemplos. Como o Brasil é um país subdesenvolvido e mais sensível ao preço dos carros, além de menos exigente, as marcas desenvolvem para cá carros mais baratos e simples que equivalentes europeus. Veja mais cinco exemplos disso.
Hyundai Kona e Bayon
O caso dos SUVs compactos da Hyundai pode, na realidade, ser um grande ponto para o Brasil (Índia, China e outros países que vendem a versão de baixo custo). O Creta é um sucesso em todos os países em que atua: é um SUV compacto bem espaçoso, bem equipado e bem acabado, mas com visual extremamente polêmico.
Para dar conta do que o Creta faz, a Hyundai precisou de dois SUVs compactos. Começou com o Kona em 2017 e que tem estilo igualmente polêmico, mas um porte mais acanhado e não faz tanto sucesso nas vendas. Em 2021, ela lançou o Bayon baseado no hatch compacto i20 para também tentar preencher a faixa do Creta lá fora.
Peugeot 2008
O Peugeot 2008 começou sua carreira no Brasil igual ao modelo europeu, salvo alguns pontos de economia em acabamento. Mas nada diferente do que outros carros brasileiros fazem. O problema foi o que aconteceu em 2019 quando o Peugeot 2008 se transformou em dois carros diferentes.
Lá na Europa, o SUV ganhou nova geração com visual inspirado no 3008, plataforma do novo 208 (CMP) e até versão totalmente elétrica. Já no Brasil, a Peugeot apostou em uma reestilização exclusiva com grade frontal igual a que o modelo europeu abandonou, mas para-choque diferente parecido com o do 3008 pré-reestilização.
Renault Captur
Com a primeira geração do Captur fora de linha na Europa desde 2019, a diferença entre o modelo brasileiro e ele ficou ainda maior. O Renault do Brasil usa plataforma B0 do Duster, enquanto o Europeu tem base de Clio. Isso fez o nosso modelo ser 21 cm mais longo, 4 cm mais largo, 5 cm mais alto e com entre-eixos 7 mais longo.
Visualmente o que muda, além do porte, obviamente, é o desenho do para-choque dianteiro. O Captur europeu ainda tem acabamento nitidamente superior ao brasileiro com melhores encaixes e mais superfícies macias ao toque. Agora em sua segunda geração, o europeu segue menor, mas ainda mais sofisticado e parecido com o Clio.
Volkswagen Tiguan
Sim, o Brasil vende o Volkswagen Tiguan (ou pelo menos vendia, já que as importações estão temporariamente suspensas), mas a VW lá fora tem algo que nós não temos. Como o Tiguan é um carro caro de fabricar e com acabamento mais sofisticado, a marca alemã desenvolveu junto da China o Taos (lá vendido como Tharu) ao invés de produzir o Tiguan curto na Argentina.
Ambos os carros da Volkswagen feitos sobre a plataforma MQB e usam os mesmos motores, mas o projeto do Taos é de menor custo e visa mercados emergentes, além da América do Norte. Isso fica evidente principalmente na diferença de acabamento entre eles. É por isso que na Europa o Taos não é vendido, já que o Tiguan curto faz o seu papel.
Fiat Fiorino
Mesmo nome, mas dois carros completamente diferentes. No Brasil, Fiat Fiorino é um furgão baseado no Uno de segunda geração, enquanto na Europa o modelo tem base de Punto, Linea e Corsa, além de versões Peugeot e Citroën (feitas antes dos tempos de Stellantis) já extintas. A única coisa em comum a eles, além do nome, é o motor 1.4 Fire.
O Fiorino europeu tem versão furgão e passageiros, incluindo uma variante com pegada aventureira. Já o modelo brasileiro é totalmente pensado para o trabalho, contando somente com versão Furgão. O deles foi lançado em 2007 e reestilizado em 2016, ficando sem mudanças desde então. O nosso nasceu em 2013 e mudou no fim de 2021.
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