Um dos podcasts mais ouvidos do Brasil nas últimas semanas, A Mulher da Casa Abandonada conta a história de uma residência de alto luxo em Higienópolis, São Paulo. Mas esconde também uma história macabra sobre trabalhos análogos à escravidão. Não vou dar spoiler sobre a obra de Chico Felitti para a Folha, mas adianto que Margarida Bonetti também abandonou um carro.
Em um dos episódios, Margarida Bonetti relata que tem um carro, mas que não o usa há muito tempo. Contudo, ela gostaria de deixar seu veículo na rua para impedir que caminhões da prefeitura estacionem em frente à Casa Abandonada com o objetivo de remover árvores do bairro e entornos de sua residência.
Ela pede ajuda ao zelador Francisco do prédio ao lado da casa para mover o veículo, mas o funcionário afirma não haver condições de tirar o carro da garagem. Segundo reportagem do Uol Carros, trata-se de um Volkswagen Voyage 1988 modelo 1989 dourado o qual ainda preserva as placas amarelas abandonadas no Brasil há décadas.
O Volkswagen de Margarida Bonetti é movido a etanol, ou álcool como era chamado na época, e pertenceu ao seu pai, o Barão de Bocaina. Assim como a Casa Abandonada, o estado de conservação o Voyage é de puro abandono. Ele se encontra em uma garagem entulhada de lixo e pedaços de construção, além de repleta de folhas no chão.
A pintura do sedã já está fosca de tanta sujeira, enquanto os vidros estão manchados na região que fica exposta ao sol. A lanterna traseira esquerda está quebrada na região da seta, enquanto o para-choque está desalinhado também na parte esquerda, indicando que em algum momento de sua vida esse Voyage sofreu um leve acidente.
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