Nos últimos anos, o preço dos carros no Brasil disparou. Hoje temos boa parte da fatia dos modelos de entrada em versões na faixa dos R$ 90 mil. Por isso, durante um discurso televisionado, o presidente Lula fez duras críticas à precificação dos carros brasileiros: “mas qual é o pobre que pode comprar um carro popular por R$ 90 mil?”, criticou Lula.
Em seu discurso, o presidente ainda ressaltou que “um carro de R$ 90 mil não é popular, é para a classe média”. Hoje temos Fiat Mobi Like e Renault Kwid Zen pelos mesmos R$ 68.990 como os carros mais baratos à venda no nosso país. Só que a fatia das versões mais vendidas e mais procuradas está justamente entre R$ 90 e R$ 100 mil.
Nessa linha de pensamento, há alguns meses começaram conversas entre as montadoras e o governo para a criação de um programa de incentivos para carros populares. Projeto liderado pela Stellantis, em especial a Fiat, o qual visa baixar o preço dos carros no Brasil através de ajuda do governo.
Vale lembrar que, no passado, a Fiat impulsionou a mudança de tributação para carros com motor 1.0 a fim de criar uma nova categoria de populares. Em contrapartida, a Volkswagen forçou a mesma lei para incentivar a produção de carros refrigerados a ar, como o Fusca, que não tinha um motor 1.0 como opção.
Lula não deu detalhes sobre essa ideia, mas disse que “popular é um carro mais barato, mais simples. E o povo não gosta também desse nome ‘popular’. Porque quando fala que vai comprar um carro popular, uma geladeira popular, um fogão popular, tudo é rebaixar a gente. Então para quê codificar de ‘popular’?”.
O presidente ainda finalizou afirmando que “vamos fazer carros a preços mais compatíveis, aumentar as prestações”. Ou seja, não ficou claro se o Governo Federal apoiará o projeto de carro popular da Stellantis ou se fará medidas diferentes, como baixar o IPI (como fez no passado) ou aumentar o crédito para compra parcelada de carros ainda muito caros.
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