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Lançado há cerca de um ano, o Hyundai HB20 de segunda geração chocou quando a primeira foto saiu. Antes ele era uma unanimidade visual pois todos o achavam bonito. Quando mudou, se tornou outra unanimidade, mas pelo lado ruim.
Para conter as críticas, o Hyundai HB20 2021 trouxe nova grade frontal totalmente em preto em todas as versões. Além disso, ganhou mais equipamentos de série e não se empolgou tanto quanto os rivais no aumento de preço. Resultado: na versão topo de linha ele é mais barato que a maioria.
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Menos é menos e isso é bom
Custando R$ 77.990 na versão Diamond Plus, o Hyundai HB20 2021 é mais barato que as versões topo de linha de Peugeot 208, Volkswagen Polo, Chevrolet Onix e Fiat Argo (quando equipado com todos os opcionais).
Isso, no entanto, não se traduz em menos itens de série. Até a chegada do Peugeot 208, ele era o único da categoria com frenagem autônoma de emergência e sistema de manutenção em faixa. Ainda que esse último seja apenas um alerta e não faça correções de trajetória com o Peugeot.
Ainda assim, existem algumas derrapadas. As rodas de liga-leve são de apenas 15 polegadas, enquanto a maioria dos rivais já usam conjunto de 17 polegadas. Além disso, o ar-condicionado é digital, só que não. Tem somente uma tela que indica a velocidade do sistema e a temperatura, sendo uma redundância dos comandos.
Questão de porte
Comparando aos rivais, o Hyundai HB20 é um dos menores hatches compactos. Enquanto a maioria já passou dos 4 metros de comprimento, ele se manteve próximo ao porte da geração anterior. São 3,94 m de comprimento, 1,72 m de largura e 1,47 m de altura.
Nem tanto ao céu, nem tanto à terra
Em um ponto que inegavelmente o HB20 sempre esteve acima da média da categoria é em acabamento. Ainda que não seja como o Peugeot 208, ele tem cabine evidentemente mais refinada que Chevrolet Onix e Volkswagen Polo.
Mas há um porém bem grande. A versão topo de linha Diamond Plus abusa do marrom. Volante, painel, portas, bancos e 85% de todos os plásticos da cabine são nesse tom. A ideia era transmitir sofisticação, mas não combina com um hatch compacto e beira o cafona.
Junte a isso a uma inexplicável combinação desse tom marrom com uma faixa azul metálica no painel, cor replicada nas costuras dos bancos. Se fosse preto como das versões mais baratas ou a cabine marrom opcional, seria melhor.
Outro ponto a ser levantado é a central multimídia. Ela é rápida, tem tela com boa definição e é ótima para usar o Android Auto e o Apple CarPlay. Contudo, seu sistema operacional próprio é confuso e com gráficos pouco vistosos.
Pimentinha coreana
Na primeira geração o motor 1.0 três cilindros turbo era mero coadjuvante e pouca gente se lembrava que ele existia. Contudo, no novo HB20 ele foi elevado a status de protagonista. São 120 cv e 17,8 kgfm de torque – dentro da média da categoria.
O HB20 é ágil e enérgico. Ele entrega força em retomadas com facilidade e embala de maneira até esportiva. Por outro lado, o consumo não é lá essas coisas. Durante nossos testes com trecho misto de cidade e estrada, ele não fez muito além de 10 km/l com etanol.
Jogando sempre a marcha mais alta, o câmbio faz com que o motor 1.0 turbo do HB20 trabalhe em baixa rotação. Só que isso faz com que muitas vezes ele fique abaixo da faixa de torque.
Nas largadas o sistema start-stop também atrapalha. Ele é lento para fazer o HB20 voltar a funcionar e apresenta vibração nitidamente maior que seus rivais diretos. Ao menos está presente, ao contrário de alguns rivais.
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Evolução real
Apesar de manter a plataforma de antes, o Hyundai HB20 evoluiu em termos dinâmicos. Ele é um carro mais bem acertado, sólido e bom de andar. A suspensão trabalha voltada à neutralidade: nem para o lado esportivo, nem para o lado do conforto. O que é bom para um modelo que pode ser o único da casa.
Já a direção elétrica é excessivamente leve em todas as situações. É ótimo para manobras e para o uso na cidade. Mas deixa de transmitir segurança na estrada por ficar muito suscetível a qualquer movimento leve do motorista. Um pouco mais de progressividade viria a calhar.
Veredicto
Custar menos que os rivais já é uma vantagem grande para o Hyundai HB20 Diamond Plus. Some isso ao bom acabamento e à mecânica competente e fica fácil entender o motivo pelo qual o hatch compacto é o segundo carro mais vendido do Brasil.
Comete alguns deslizes, claro, como o painel de instrumentos e o ar-condicionado que de digitais não tem nada e pelo excesso quase cafona de marrom na cabine. Mas o Hyundai HB20 entrega um conjunto super competente e que faz dele uma ótima compra. Basta não ligar para o visual controverso que, bem…a grade preta da linha 2021 não resolveu.
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