Aston Martin dá uma de Ford e diz não para os sedãs

Pouca gente notou, mas faz três anos que a Aston Martin descontinuou o cupê de quatro portas Rapide. E, como o Lagonda Taraf teve apenas um ano de produção (2015 a 2016), a marca britânica nunca mais teve um sedã ou algo próximo a isso, como um cupê de quatro portas. Só que, como sua ex-dona, a Ford, a Aston Martin também desistiu dos sedãs.

Em um intenso processo de reestruturação e renovação, agora que tem a Geely como uma de suas principais acionistas, a Aston Martin vai mostrar quatro novos carros nos próximos 18 meses. Lawrence Stroll, presidente da marca, em entrevista ao portal australiano Carsales, foi o responsável por contar sobre o corte dos sedãs.

“Temos objetivos muito ousados de criar a mais desejável e ultra luxuosa marca de esportivos britânicos. Temos objetivos bem altos, especificamente para cada carro, mas também em um geral para a marca. E isso é um passo muito grande. Mas definitivamente não temos sedãs”. 

O executivo ainda apontou o motivo pelo qual esse tipo de carroceria deixou de ser desejável pela marca. “Agora nós temos a habilidade de seguir algumas tendências e surfar em algumas ondas. Se você pensa na Aston Martin historicamente, estamos ligados aos GTs”. Especificamente, neste momento, ele apontou para o novo DB12.

“Mas, claro, carros esportivos como o Vantage e SUVs de luxo como o DBX e carros com motor central. Isso que faz o segmento de luxo ser sustentável”, completa Stroll. Ou seja, a marca seguirá com seus modelos tradicionais e em segmentos que já atua, mas deve expandir a atuação entre os SUVs – visto o sucesso do DBX. 

A fila de lançamentos da Aston Martin para os próximos 18 meses terá a nova geração do Vantage, um novo DSB ou outro nome (mas com motor V12) e o hipercarro Valhalla. Há rumores de que um rival para o Porsche Macan será lançado pela Aston Martin em um segundo momento, além de uma possível variante cupê do DBX.

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