“Imposto de luxo” aplicado em veículos premium, mas que também atinge intermediários na Argentina, expirará na próxima sexta-feira (31). O governo argentino estuda se renovará a tabela de imposto fiscal interno ou se extinguirá a cobrança.
Javier Milei, presidente da Argentina pondera entre manter o imposto com o aumento das bases tributárias devido a inflação ou implementar o projeto do ministro da Economia, Luis Caputo. O projeto propõe uma reforma tributária completa do mercado automotivo argentino, que visa que as reduções aplicadas cheguem ao consumidor de uma forma real.
A preocupação atual do governo é não adotar uma medida em que as margens de lucro sejam absorvidas só pela empresa: “Se a redução fiscal conseguisse impactar entre 15 e 20% no custo dos automóveis, as marcas não teriam outra alternativa senão transferi-los para o preço do cliente, porque aumentaria também a concorrência entre modelos nacionais e importados”, explicou o governo.
Vale relembrar que no final 2013, o governo de Cristina Kirchner usou o imposto interno para bloquear a importação de automóveis, o que resultou em grandes saltos de preços em todo o mercado automotivo argentino.
Por isso, e também pelo desastre nas vendas em janeiro de 2024, Milei e sua equipe estão ponderando tanto tomar uma decisão ou dividir os próximos passos. Até para evitar que as vendas de janeiro de 2025 sejam impactadas.
O que diz o projeto que prevê reduzir os impostos dos carros na Argentina
O projeto prevê fazer reduções graduais e pontuais de impostos. Uma das minutas propõe isentar os impostos internos para os carros importados, desde que sejam híbridos. Porém, resta saber se a regra valerá para qualquer tipo de híbrido. O valor FOB (valor no porto de origem sem o acréscimo de outros impostos) também deve ser inferior a US$ 26.000.
Além disso, o projeto também menciona reduzir as tarifas alfandegárias tanto para carros híbridos como elétricos. Porém, isso ainda não seria o suficiente para baixar os preços entre 15% e 20%. Para atingir tal meta, também seria necessário reduzir outros impostos, como os municipais e provinciais.
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