O mercado de motos 0km do Brasil é um dos mais importantes do mundo. Basta ver a diferença dos números de vendas das motocicletas em relação ao dos automóveis. No entanto, há muito o que evoluir, já que ainda somos carentes em alguns segmentos, enquanto em outros há motos que simplesmente não fazem sentido. Veja alguns exemplos a seguir
Haojue DK 150 carburada
A Haojue DK 150 é uma excelente moto. Econômica, com um preço bem mais acessível que as rivais da Honda e Yamaha, o modelo é um dos mais vendidos do grupo que também controla a Suzuki no Brasil. Entretanto, a versão carburada da street deveria ter saído de linha, mas a fabricante fez justamente o contrário: tirou a versão injetada de seu catálogo, mantendo apenas a carburada.
Mesmo tendo manutenção mais simples, é difícil defender um modelo com carburador em pleno 2023. Nos carros, o sistema foi abolido há décadas, mas nas motos ele segue firme e forte, mesmo sendo menos eficiente e mais poluente. Quando a DK 150 injetada era vendida, seu preço era pouca coisa superior ao do modelo carburado, favorecendo seu custo-benefício. Agora, quem quiser uma DK com injeção eletrônica, precisa apelar para a DK 160, que é mais potente e mais cara, mas bem mais moderna.
Yamaha Factor 150 ED UBS / Fazer 150 UBS
Aqui você pode escolher qual modelo faz menos sentido. Afinal, as duas motos são bastante parecidas em preço e proposta, custando cerca de R$ 16 mil no site da fabricante. Sinceramente, talvez fosse mais vantajoso comprar a Factor 150 mais barata, ou então partir para a Fazer FZ-15, que é pouca coisa mais cara, mas tem visual mais esportivo e iluminação em LED no farol.
Bajaj Dominar 160
A Bajaj desembarcou no Brasil em 2022 com três motos. A Dominar 160 é a mais barata de todas, mas seu preço de R$ 17.420 é muito próximo do valor cobrado pela Dominar 200, que é mais potente e consegue encarar alguns modelos 250 cc e 300 cc da concorrência. Se custasse menos, a Dominar 160 seria uma baita alternativa aos modelos da Honda e Yamaha. Porém, pelo valor pedido, compensa mais gastar mais um pouco e já partir para a versão de 200 cc.
Honda ADV
Versão aventureira da PCX, a ADV custa R$ 22 mil no site, mas o preço real pode encostar nos R$ 30 mil. E, ao contrário de sua irmã, ele mantém o motor de 150 cc, que é bom, mas menos potente que o de 160 cc da PCX. Fora que a ADV é uma scooter pequena e que custa quase o mesmo que modelos de 250 cc e 300 cc. Mesmo sendo um excelente produto, ela acaba sendo mais uma a entrar na lista de motos que não fazem sentido.
Honda X-ADV
Aparentemente, comprar uma scooter aventureira da Honda não é um bom negócio no Brasil. A X-ADV tem um conjunto muito interessante, mas cobra caro por isso, custando mais de R$ 100 mil em algumas concessionárias. Seu conjunto mecânico é excelente, unindo o motor de 750 cc ao câmbio automatizado de dupla embreagem. O problema é que há motos bem mais interessantes nesta faixa de preço, fazendo a scooter perder um pouco de sentido.
Para piorar, na própria gama da Honda há uma opção mais racional. A NC 750X DCT utiliza o mesmo conjunto da X-ADV, mas custa R$ 58.346 no site da marca, enquanto a scooter aventureira tem preço sugerido de R$ 91.780. Mesmo sendo menos versátil, por não ser uma scooter, o valor da NC 750X DCT é bem mais atrativo no mundo das motos, complicando a vida da X-ADV.
>> Yamaha apresenta moto retrô com motorzão moderno