Não é segredo que os franceses têm um jeito bem particular de desenvolver seus carros. Que outra marca faz volante pequeno para que os instrumentos sejam vistos por cima dele como faz a Peugeot? Ou que outra marca além da Renault colocaria um motor V6 em um hatch compacto? Mas nada supera a Citroën e suas ideias malucas.
Conhecida por sua criatividade e real pensamento fora da casinha, a Citroën é uma das marcas que mais pensa fora da caixinha literalmente. A marca já teve ideias ousadas que não vingaram muito como os Airbumps do Cactus europeu ou o modular C3 Pluriel. Mas, vez ou outra, as excentricidades da Citroën mudaram o mundo, como os cinco exemplos a seguir.
Primeiro tração dianteira
A exceção de picapes médias e SUVs de grande porte, quase todos os carros produzidos hoje em dia têm construção monobloco. E outra grande maioria é dotada de tração dianteira. Só que todos eles têm de agradecer ao Citroën Traction Avant. Ele foi o primeiro carro cm carroceria monobloco e tração dianteira no mesmo pacote.
Basta pensar que a Citroën teve a ideia de unir a carroceria à plataforma em um único conjunto em 1934. Além de combinar o motor dianteiro com a tração nas rodas da frente. Tudo isso em uma época em que os carros tinham carroceria sob chassi, que era menos estável e confortável, além de tração traseira.
Dois andares
Goste ou não, mas o Citroën C4 Cactus ditou uma tendência que praticamente todas as marcas hoje adotaram. Ainda que carros com faróis divididos já fossem comuns em outra época, o Cactus foi o primeiro a usar LEDs diurnos na parte superior e parte luminosa principal no para-choque.
O Nissan Juke apresentou solução semelhante em 2010, mas sem LEDs e sem o mesmo charme. Já a Citroën apresentou o Cactus em 2014, quando ainda ele estava longe do Brasil. Foi assim que modelos como Fiat Toro, Jeep Cherokee, todos os carros da Baojun e até alguns Skoda, BMW, Chevrolet e tantas outras marcas adotaram esse layout.
Placa de vidro
Projetado em parceria com a Maserati, o Citroën SM de 1970 era inovador só de olhar. Ele trazia cobertura de vidro na placa frontal, que ficava posicionada junto aos faróis direcionais. Ele tinha aerodinâmica baixíssima para a época e era capaz de viajar a 160 km/h por horas tranquilamente.
Mas sua maior inovação era o sistema de direção adaptativo. Tal qual a maioria dos carros equipados com direção elétrica hoje, o volante do Citroën SM ficava mais pesado conforme a velocidade aumentava. Isso ajuda na segurança e evita o efeito das direções hidráulicas que tendem a ficar leves demais na estrada.
Salvou o presidente
O Citroën DS de 1968 é inovador por si só. Ele trazia faróis direcionais, visual arrebatador e salvou um presidente francês de ser assassinado. Mas o seu grande destaque era a suspensão hidropneumática. Layout criado pela Citroën, ele podia ser elevado ou rebaixado de acordo com a vontade do motorista.
De tão estável, ele conseguia andar sem uma das rodas traseiras sem o menor problema. Além disso, dizia a boca miúda, que se alguém conseguisse capotar um DS, a Citroën daria um modelo novinho em folha como compensação.
Só com três rodas
Se o DS inovou com a suspensão hidropneumática, o Xantia foi além. Lançado em 1995, a versão Activa trazia um novo layout de suspensão. Ela era regulável automaticamente de acordo com a velocidade, superfície do asfalto ou carga contida no sedã.
O Xantia era um verdadeiro engolidor de curvas e que praticamente não fazia a carroceria rolar ou se desestabilizar. De tão centrado, ele superava os carros da Porsche nos testes do alce promovidos pela imprensa europeia. De todos os Citroën citados, foi o único a ser importado para o Brasil (o Cactus é feito aqui).
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