Carros que são considerados sucesso quer dizer eles têm diversas gerações e duram séculos? Não necessariamente. Às vezes, alguns modelos têm carreira curta, mas são responsáveis por causar grandes impactos na indústria automotiva e, às vezes, mudanças fortes no mercado.
Por isso, reunimos aqui cinco carros que tiveram somente uma geração no Brasil e causaram impacto gigante na indústria automotiva nacional.
Chevrolet Celta
Fruto do projeto Arara Azul, o Chevrolet Celta surgiu em 2000 para ser o mais barato entre os carros da marca norte-americana aqui no Brasil. Usando base de Corsa da segunda geração e soluções simples de construção, ele custava pouco e se popularizou como carro das massas, de empresas e auto-escola.
Nunca mais a Chevrolet fez um carro popular como o Celta, mas ele foi um raro caso de modelo de baixo custo que não era uma versão velha de um carro compacto. Ele não foi diretamente substituído quando morreu em 2015, mas seu sucessor espiritual, o Chevrolet Joy, não passava de um Onix velho requentado.
Fiat Weekend
Diferentemente de todos os membros da família Palio original, a perua Weekend foi a única que não teve mais de uma geração. Ela foi produzida de 1997 a 2020, sobrevivendo dois anos a mais que o Palio, que já estava em uma segunda geração. Junto da VW Parati, a Fiat Weekend mostrou que as peruas ainda tinham espaço no Brasil.
Antes dos SUVs virarem moda, foi ela que popularizou o estilo aventureiro com as versões Adventure e depois Trekking. A Weekend, inclusive, foi o primeiro de todos os carros aventureiros feitos no Brasil. Além disso, serviu como viatura policial por diversos
Volkswagen Fox
Único de todos os carros produzidos no Brasil na história a ser exportado para a Europa, o Fox foi um (pequeno) grande Volkswagen. Ele foi fruto de um projeto nacional que recebeu muita resistência da matriz, mas que, depois de aprovado, fez sucesso e foi levado a outros países. Era um modelo altinho, sem ser uma minivan, segmento da moda na época.
O Fox teve só uma geração, durando de 2003 a 2021 a base de três reestilizações. Ele nasceu para substituir o Gol, não conseguiu, mas atuava no mercado logo acima dele como uma alternativa mais moderna e espaçosa. Só que, ao contrário do Gol, quando o Fox morreu a VW só se preocupou em fazer uma nota de rodapé ao noticiar o aumento de produção do T-Cross na fábrica de São José dos Pinhais, onde o Fox também era feito.
JAC J3
De todos os carros da lista, o JAC J3 foi o que menos vendeu, mas talvez o que mais causou impacto. Antes dele, todos os carros compactos vendidos no Brasil não tinham nem o kit dignidade (ar-condicionado, direção hidráulica ou elétrica, vidros elétricos e algum tipo de sistema de som) e, em geral, só tinham motor 1.0 aspirado.
O JAC J3 chegou ao Brasil com motor mais potente, lista de itens de série bem generosa e bom acabamento, além de ter Faustão como garoto propaganda. Não deu outra, o compacto chinês fez com que todo o segmento se mexesse e tornasse itens, antes opcionais, como equipamentos de série obrigatórios e sem subir o preço por isso.
Ford F-250
Ainda que o segmento de caminhonetes grandes esteja renascendo no Brasil, hovue uma época em que a rainha dessa categoria era a Ford F-250. Ela foi feita de 1998 a 2012 no Brasil, sendo a única no segmento por muitos anos. Era a alternativa maior às picapes médias, que hoje tem o porte muito próximo ao que tinha essa então gigante.
Conhecida pela robustez mecânica, a F-250 era muito usada como veículo de trabalho no país, mas contou com uma versão cabine dupla que detém até hoje o título de maior carro produzido no Brasil com 6,24 m de comprimento. Morreu sem deixar sucessores, tentando ser representada pela Ranger.
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