Preocupado com os resultados financeiros não tão animadores quanto o esperado no primeiro semestre de 2024, o CEO da Stellantis Carlos Tavares deu o ultimato mais uma vez. “Se elas não derem dinheiro, vamos fechar. Não podemos nos dar ao luxo de ter marcas que não dão dinheiro”. E quais são as marcas com maior risco de se aposentarem?
Hoje a Stellantis conta com 14 marcas: Alfa Romeo, Chrysler, Citroën, Dodge, DS, Fiat, Jeep, Lancia, Maserati, Opel, Peugeot, Ram e Vauxhall (a Abarth entra na conta internacional, ainda que aqui seja considerada só uma divisão da Fiat). Originalmente, as marcas têm até 2032 para voltar a lucrar ou serão fechadas. Mas o prazo apertou.
Sem risco
Atualmente, de todas as fabricantes da Stellantis, existem aquelas que estão muito longe de serem cortadas. A operação internacional da Fiat é basicamente salva pelo Brasil, ainda que sofra na Europa — então ela está fora. A Peugeot e a Citroën, originalmente do grupo PSA, também são lucrativas e importantes.
Opel vai bem, mas sua irmã Vauxhall, que só atua no Reino Unido, não vai tão bem assim. É possível que a marca seja fundida com a Opel para reduzir custos. Do lado americano, Jeep e Ram podem respirar aliviadas, visto que são as marcas mais lucrativas do grupo e as que vendem os maiores volumes. A Jeep, hoje, é a marca mais importante globalmente.
Risco alto
Daqui para a frente, entra o grupo de risco e há razões para isso. A Lancia vem lutando há anos para encontrar seu espaço no mercado e está há anos com só um carro no portfólio, o Ypsilon. Se antes ele não passava de um Fiat Uno chique, mas totalmente diferente visualmente, agora ele é um Peugeot 208 com visual estranho.
Dentro da tábua de corte da Stellantis temos ainda a Chrysler lutando para não morrer. Assim como a Lancia, a americana sobrevive só com um carro, a minivan Pacifica. O 300C era vendido até o ano passado, mas era um dos carros mais velhos do portfólio da Stellantis. Se não lançar SUVs e se movimentar, será facilmente uma das marcas a morrer.
Em risco também temos a DS. A ex-divisão de luxo da Citroën não conseguiu se estabelecer como uma concorrente forte de Audi, BMW e Mercedes-Benz. Muito por conta de que seus carros tem tração dianteira e muitos componentes de Peugeot, além de não trabalhar com versões de performance para chamar atenção.
De mãos dadas está a Alfa Romeo. Por mais que seja uma fabricante de caráter fortíssimo e que seja a com mais investimentos de todas, ela ainda não lucra. O problema é o mesmo da DS: concorrer com Audi, BMW e Mercedes. Só que o problema é que a Alfa Romeo tem fama muito ruim, porque seus carros quebravam mais que Powershift nos anos 1980/1990.
Risco médio
Dodge e Maserati são duas fabricantes que a Stellantis coloca em risco médio. A americana tem forte presença entre muscle-cars e acabou de lançar o novo Charger. Aliás, seu sucesso ou não será determinante para o futuro da marca. Já a Maserati representa o ponto máximo do grupo e está renovando seus modelos. Mas, não lucra há anos.
Para você: que marca da Stellantis não vai sobreviver? Conte nos comentários.