Já reparou que todos os carros têm uma cor de lançamento? Em geral, essa tonalidade é mais chamativa e usada incessantemente em toda propaganda da montadora e na frota de imprensa, onde eles aparecem em avaliações, vídeos e conteúdos nas redes sociais. Só que, a grande maioria, tem uma cor de lançamento que depois saí de linha. Mas por que?

Existe toda uma estratégia por volta disso. Primeiro que cores como prata, preto e branco se tornarão padrão na indústria. Nos últimos tempos o cinza durepox também. Por isso, para destacar um modelo nas ruas, fotos, capas de vídeos e de revistas é preciso usar um tom chamativo.

Em geral, cores berrantes como amarelo, azul e laranja são usadas pelas marcas. Vide o Renault Kardian, por exemplo, todos os carros da frota de imprensa da marca e os usados em propagandas são laranja. Isso tudo para chamar a atenção para os carros e marcar bem a cor de lançamento.

Mas por que duram pouco?

Há vários motivos pelos quais as montadoras tiram as cores de lançamento de seus carros linha. Vale lembrar que não são todas, visto que há diversos modelos que as mantém até hoje, como o Vermelho Sunset do VW Nivus ou o Azul Spring do Citroën C3. Mas o motivo número um é custo alto.

Cores que são mais vendidas tendem a ter preço reduzido para a montadora, visto que compram de seus fornecedores em maior quantidade. Além disso, tons mais neutros tendem a ser o mesmo usado em vários carros, enquanto as cores de lançamento, em geral, ficam restritas a apenas um modelo. Raros são os casos delas se espalharem pela linha.

Volkswagen Nivus Highline [Auto+ / João Brigato]

Há também uma restrição do consumidor em comprar um carro com cor de lançamento por ser chamativa demais e haver o receio de que a revenda será mais difícil. Por isso, muitas marcas limitam a produção de suas cores de lançamento apenas ao primeiro ano de vida do carro, no máximo no segundo.

Se a cor vende bem, ela permanece em linha, caso tenha sido aceita só no começo e depois cai, não compensa o investimento de comprar um novo lote de tintas para produzir poucos carros e eles ficarem encalhados no pátio das concessionárias. É tudo uma questão de oferta e procura.