O segmento de SUVs compactos e médios virou uma bagunça. Mas dá para arrumar

A categoria que mais tem carros no Brasil hoje é a de SUVs compactos. A quantidade de modelos passou de 20 com tranquilidade e começou a ficar abarrotada. Afinal, na teoria, estamos colocando um Fiat Pulse na mesma categoria do Hyundai Creta e do BMW X1. A mesma bagunça acontece no patamar de SUVs médios. 

Mas toda essa desorganização poderia ser arrumada se passássemos a classificar os SUVs compactos e médios em patamares diferentes. Afinal, segmentos existem para isso e as classificações deixam mais claras com quais carros o seu modelo preferido compete. Então vamos a uma sugestão de como reorganizar essa turma toda.

SUVs subcompactos

Naturalmente, todo segmento cresce e ganha novos patamares mínimos de tamanho. Com isso, não dá para classificar os Renault Kardian e Duster na mesma categoria. Ou colocar VW Tera, Nivus e T-Cross no mesmo segmento. Por isso, a categoria de SUVs subcompactos faz sentido. Afinal, estão abaixo dos compactos, tanto em preço, quanto em porte.

Modelos como Volkswagen Tera, Renault Kardian, Kia Stonic e Fiat Pulse podem ser considerados SUVs subcompactos por diversos motivos. São da categoria mais barata, são derivados de hatches e são menores. Volkswagen Nivus e Fiat Fastback também podem entrar nessa, mas como SUVs cupês subcompactos.

SUVs compactos

Aqui entra a maior parte do segmento, com carros como Volkswagen T-Cross, Jeep Renegade, Honda HR-V, Chevrolet Tracker, Nissan Kicks, Hyundai Creta, CAOA Chery Tiggo 5X, Renault Duster, Kia Niro, Peugeot 2008 e por aí vai. 

São modelos derivados de hatches compactos, mas que têm tamanho mais generoso. Além disso, são mais largos e mais altos do que seus derivados diretos e não compartilham peças de carroceria com os modelos mais urbanos. Uma boa maneira de balizar é ter modelos entre 4,20 m de comprimento e 4,40 m. 

Além disso, largura de pelo menos 1,70 m para se distanciarem dos SUVs subcompactos. Nessa categoria também podemos ter SUVs compactos cupê (Citroën Basalt) e SUVs compactos de sete lugares, hoje segmento representado somente pelo Citroën C3 Aircross. Para modelos de luxo, a lógica vira um pouco, afinal eles são maiores.

Carros como BMW X1, Volvo XC40, Audi Q3 e Mercedes-Benz GLA são os menores SUVs de suas marcas e são considerados compactos. Contudo, suas medidas vão além do padrão para generalistas. Ou seja, um SUV compacto de luxo tem tamanho de médio generalista, basicamente.

SUVs médios de entrada

O segmento de SUVs médios começa a complicar tudo porque há muito médio com porte próximo demais dos compactos, além do preço. Aqui a sofisticação extra também deve ser considerada para classificar. Com isso, teríamos os SUVs médios divididos em três patamares: médios de entrada, médios intermediários e médios de sete lugares.

A base da categoria vem com os modelos mais vendidos e de menor porte, com comprimento entre 4,40 m e 4,60 m. A categoria é composta por Jeep Compass, Toyota Corolla Cross, Volkswagen Taos, Mitsubishi Eclipse Cross, Honda ZR-V e CAOA Chery Tiggo 7.

Médios intermediários

Já o segmento de SUVs médios intermediários já tem carros consideravelmente maiores, tal qual os BYD Song Plus, Song Pro e Song Premium, GWM Haval H6, Kia Sportage, Honda CR-V, Toyota RAV4, Ford Territory e Ford Bronco Sport. Em geral, os SUVs médios de luxo estão nesse patamar de tamanho, como BMW X3, Volvo XC60, Audi Q5 e Mercedes GLC.

Médios de sete lugares

Por fim, o segmento de SUVs médios de sete lugares tem crescido fortemente, com modelos como Jeep Commander, VW Tiguan e CAOA Chery Tiggo 8 empurrando os números dessa categoria. Modelos como Chevrolet Trailblazer e Toyota SW4, por serem derivados de caminhonetes, já entram na categoria de SUVs grandes.

Você concorda com essa divisão de segmento? Como você o dividiria? Conte nos comentários.

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