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Mas se o objetivo não é vender...

O que é um carro de imagem e por quê as marcas os fazem para não vender bem?

O termo carro de imagem existe com um propósito e eles não são os tipos de modelos que terão altos números de vendas

Toyota GR Corolla preto de frente em uma pista
Toyota GR Corolla [divulgação]

Já se perguntou o motivo pelo qual uma fabricante lança um carro caríssimo e com produção limitada? Esses tipo específico de modelo é chamado de carro de imagem e ele tem um propósito muito maior do que ser um sucesso de vendas. Na realidade, é um grande trampolim para seus irmãos. E hoje explicamos o conceito.

O brasileiro em especial, mas todo comprador de automóveis baseia sua escolha em vários fatores. Identificação com a marca e fama da mesma são dois fatores que contam muito. Especialmente quando aquela montadora consegue criar uma imagem de ser legal ou ter algo dentro dos valores daquele cliente.

Se uma marca faz modelos apenas racionais, vai apelar somente às pessoas que fazem contas para comprar um carro e nunca se deixam levar pela emoção. E é aí que entram os carros de imagem. Existem situações de modelos que são carros completamente novos ou versões de modelos em específico.

Limitado nas vendas, não no potencial

Honda Civic Type-R azul de frente
Honda Civic Type-R [Auto+ / João Brigato]

Tomemos como exemplo o Honda Civic Type-R. Ele foi trazido ao Brasil com preço altíssimo, número de unidades limitado e quase zero de propaganda. A Honda tem um na frota de imprensa e que vive rodando em testes por aí, enquanto de outros modelos a marca tem várias unidades. 

Mas qual o objetivo do Civic Type-R como carro de imagem? Fazer os outros carros da Honda venderem mais. Ele sempre é colocado em ponto de destaque na concessionária, em cor chamativa e anunciado nas redes sociais com louvor. Assim, muitos curiosos vão até a revenda para vê-lo e são fisgados pelos vendedores.

Honda Civic Type-R azul de traseira em um estacionamento
Honda Civic Type-R [Auto+ / João Brigato]

Nem sempre o comprador tem o orçamento para aquele Civic Type-R, mas vai ficar com ele na cabeça e sonhando. Só que, por um acaso, um inocente City Hatch estacionado ali perto tem algumas coisas em comum com esse Civic, o preço está interessante, o test-drive foi bem feito. Pronto, negócio fechado com uma pessoa que só foi ver outro carro por curiosidade.

Venha me ver, compre meus irmãos

O objetivo final do carro de imagem é despertar atenção para a marca, criar mídia, tornar a imagem da montadora como algo legal, atraindo novos consumidores para a concessionária. Assim, no final do dia, um negócio é fechado em outro modelo bem mais barato por conta desse carro de imagem.

Fiat Pulse Abarth [Auto+ / João Brigato]
Fiat Pulse Abarth [Auto+ / João Brigato]

E isso pode ser reduzido em escala também para outros fatores. Às vezes, o carro de imagem é uma versão de um modelo consagrado. Os Fiat Pulse Abarth e Fastback Abarth são justamente para isso. Muita gente se seduz pelos escorpiões, mas acabam levando as versões semi–híbridas. Ou até o Pulse 1.3 aspirado de entrada.

Tudo porque é um carro que pode chegar ao potencial daquele Abarth e tem a mesma aura. O mesmo acontecia com o Volkswagen Polo GTS em relação às outras versões do Polo. Por isso, inclusive, propagandas de montadoras são sempre feitas com as versões topo de linha dos carros, as quais, raramente, são as mais vendidas.

Volkswagen Polo GTS 2023 [divulgação]
Volkswagen Polo GTS [divulgação]

Você conhece algum carro de imagem? Conte nos comentários.