A nova geração do Porsche 718 Boxster e Cayman pertencerão a linha de carros elétricos da marca e contarão com tecnologias do automobilismo para oferecer um verdadeiro desempenho esportivo. Os protótipos de veículos conversíveis de dois lugares da fabricante alemã já foram flagrados algumas vezes este ano. O que quer dizer que os modelos tenham grandes chances de serem lançados em 2025.
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Embora o Porsche 718 Boxster e Cayman elétricos use uma plataforma de carro esportivo específica para EVs é possível notar muitas semelhanças com as versões a combustão, como tamanho e estilo. Agora uma característica que os diferenciam de outros veículos elétricos é que as baterias não serão posicionadas embaixo do assoalho, mas sim atrás do banco do motorista, ocupando o lugar que fica o motor nas versões a combustão do 718.
Alocar as baterias atrás do motorista faz parte da estratégia da Porsche de oferecer um desempenho mais esportivo. Em entrevista exclusiva à Autocar, o chefe de P&D da Porsche, Michael Steiner explicou como a posição das baterias pode agregar a dirigibilidade “É colocar o centro de gravidade o mais próximo possível do motorista para que o carro ao redor deles seja realmente flexível e ágil”.
O executivo também contou um pouco de como foi guiar o novo Boxster elétrico e destacou dois aspectos específicos: “O primeiro é que você está perto do centro de gravidade do carro, então o manuseio é ótimo”, e completou “dirigir com o teto abaixado de forma silenciosa – não é silencioso, mas não há ruído do motor – pela paisagem, ouvindo e cheirando tudo, é uma experiência nova”.
Novos carros elétricos da Porsche dispensam One Pedal
Modelos da Porsche como Taycan e Macan elétrico oferece um controle de regeneração de energia limitado e não vêm sistema One Pedal como uma solução para recuperar bateria. Já que antes de qualquer coisa, o foco de um Porsche é a performance. Durante a entrevista, Steiner foi categórico ao dizer que a estratégia da Porsche não é acionamento por pedal:
“Se você perguntar a qualquer piloto de corrida, nenhum escolheria um sistema de pedal único porque você deve ter controle de recuperação e frenagem no mesmo pedal da forma mais perfeita possível. Nas curvas, se você não tem a sensação certa no pedal, você não tem confiança na estabilidade do carro. Você não vê isso observando os carros, mas se você perguntar aos pilotos, você sente a diferença no pedal do freio”, discorreu o executivo.
Ele também defendeu que um sistema único de pedal pode fazer com que você regenere energia mais cedo que deveria: “você já está desacelerando quando os discos de freio entram em ação, então, como motorista, você não tem nenhuma influência”.
O chefe de P&D também complementou explicando que ao ter todo o poder de frenagem no próprio pedal de freio é possível fazer a modulação certa, pois você consegue ter outras percepções do carro, como Tarmac e direção: “Então você pode controlar o carro com os freios, assim como o acelerador e, na nossa opinião, isso é superior a um sistema que faz algo que você não pode controlar.”
Steiner também contou que a Porsche tem tirado vários aprendizados da Fórmula E que pretende aprimorá-los para entregar um Porsche elétrico com desempenho de pista. E concluiu a entrevista aumentando as expectativas dos entusiastas da marca: “Este carro, com direção realmente precisa e boa frenagem, será um pacote que valerá a pena esperar.”
Como estão suas expectativas para os novos carros elétricos da Porsche? Conte para nós nos comentários.
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