Um dos modelos mais queridos do consumidor brasileiro e que hoje faz muito sucesso nas ruas é o Jeep Compass. SUV médio, o modelo tem seu carisma, robustez da marca e mais ingredientes que o tornaram tão atraente ao ponto de dominar por anos sua categoria. Mas, sua vida já foi marcada por momentos bem tristes, principalmente em sua primeira geração. Aperte os cintos e conheça sua história.
Tudo começou em 2006. Nessa época, a marca norte-americana apresentou a primeira geração do Compass. Na época, ele era um SUV bem urbano. O modelo era feio e bastante desproporcional. Suas 7 fendas na dianteira eram grandes e destoavam dos pequenos e arredondados faróis. O para-choque tinha diversas saliências e era produzido pela Daimler-Chrysler em união com a Mitsubishi, tanto que tinha base de Lancer e ASX.
Para os Estados Unidos, o Jeep Compass de primeira geração podia ter o motor 2.0 movido a gasolina de 156 cv ou o 2.4 também a gasolina de 172 cv. Ele podia ter o câmbio manual de 5 marchas ou ser automático do tipo CVT. Sua vocação era urbana, tanto é que a tração 4×4 era oferecida como opcional. Em 2012 o Compass foi reestilizado.
Veio, mas era figurante
Na primeira reestilização do Compass, a dianteira foi reformulada, as fendas diminuíram de tamanho, o para-choque já não tinha as antigas saliências e seus faróis ficaram quadrados. O interior passou por uma revitalização. Na mecânica, o motor 2.0 a gasolina saiu de cena e abriu espaço para um 2.0 turbo diesel de 163 cv e seu câmbio deixou de ser CVT e se tornou automático convencional de 6 velocidades. Nessa época, ele veio para o Brasil e não fez sucesso e saiu de fininho em 2015.
O ano de 2016 foi o divisor de águas para o Jeep Compass. Aqui, ele foi do óleo usado para fritar pastel na feira para o azeita extra virgem importado e mudou completamente. A segunda geração passou a ser produzida na planta de Goiana, em Pernambuco. Aqui, ele já era fabricado sob os cuidados da Fiat-Chrysler. Design atraente, robusto e maior, proporcionava mais conforto para 5 pessoas e mais 410 litros de porta-malas.
Ele podia ser equipado com o motor 2.0 Tigershark flex de 166 cv e câmbio automático de 6 marchas ou o 2.0 turbo diesel de 170 cv, tração 4×4 e câmbio automático de 9 marchas. Uma das novidades de 2016, o Compass chegou e atraiu mais de 6,5 mil clientes e parou na 12ª posição no ranking geral de SUVs. Em 2017, novidades como sistema start/stop do motor, conectividade Android Auto e Apple CarPlay para a central multimídia foram destaques.
O Compass fez sucesso e vendeu em seu primeiro ano de vendas cerca de 49 mil unidades e foi o SUV mais vendido do Brasil. Em 2018, seu resultado foi melhor, com 60.284 unidades comercializadas e segundo a Fenabrave ficou de novo no primeiro lugar.
Mais uma mudança para a conta
De novo a vida do Jeep Compass ia mudar. Em maio de 2021, a fabricante trouxe o SUV médio reestilizado. E ele trouxe uma grande novidade: motor 2.0 flex saia de cena e vinha ficar em seu lugar o atual 1.3 turbo da Stellantis. Ele rende 185 cv e 27,5 kgfm de torque e é unido com o câmbio automático de 6 marchas. A motorização a diesel segue viva. Em 2022, de olho na eletrificação, chega importado da Itália o Compass 4xe, o híbrido plug-in.
É a variante mais cara do modelo. Tem motor 1.3 turbo a gasolina de 180 cv e 27,5 kgfm de torque que traciona as rodas dianteiras. Para as rodas traseiras, há um motor elétrico de 60 cv e 25,5 kgfm e juntos rendem 240 cv e contam com o câmbio automático de 6 marchas. Sua autonomia é de 927 km e no modo elétrico ele chega até 44 km. Segundo o Inmetro, o consumo urbano é de 25,4 km/l e na estrada ele faz 24,2 km/l.
Ainda em 2024 mais surpresas virão com o Compass. Ele vai receber em breve o motor 2.0 turbo da caminhonete Ram Rampage de 272 cv e 40,8 kgfm e essa versão terá visual esportivo para combinar com o propulsor. Outro destaque será o posto de primeiro modelo híbrido da Stellantis a ser fabricado no Brasil e o Compass é o candidato mais forte para ostentar esse título.
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