Um dos SUVs mais queridinhos do Brasil, o Honda HR-V não existe apenas há duas gerações como muitos pensam. Antes do modelo lançado globalmente em 2013 e no Brasil em 2015, o Honda HR-V teve uma geração completamente diferente da essência que conhecemos do SUV compacto. Modelo, o qual, nunca foi vendido no Brasil.
Produzido entre 1998 e 2006 exclusivamente em Suzuka, no Japão, o Honda HR-V de primeira geração nasceu como um irmão menor do CR-V e com pegada off-road. Ele foi lançado em fevereiro de 1999 unicamente com duas portas e tração 4×4, mas aos poucos a Honda foi expandindo a gama.
Ele ganhou versão com tração dianteira em setembro de 1999, mas o modelo quatro portas só chegou em março de 2000. O modelo com portas a mais era 11 cv mais longo e tinha entre-eixos 10 cm espichado. Na fita métrica, ele marcava 4 m de comprimento na versão quatro portas, ou seja, mesmo comprimento de um Fiat Argo.
Já na variante de quatro portas eram 4,11 m, exatos 18 cm a menos que o HR-V de segunda geração e 22 cm a menos que o atual HR-V nas versões com motor aspirado (o Advance e o Touring tem para-choque dianteiro maior, o que dá a eles 5 cm a mais no comprimento). O velho HR-V ainda marcava 1,69 m de largura e 1,59 m de altura.
Rack / aerofólio
Ele era vendido no Japão e na Europa, mas nunca teve sucesso, assim como o modelo o qual ele compartilhava plataforma. Tal qual o HR-V atual é derivado do Fit e do City, o modelo original usava componentes e base do Honda Logo, o antecessor do Fit. O interior, inclusive, trazia diversos elementos semelhantes ao Civic de sexta geração.
Visualmente, o Honda HR-V de primeira geração era um tanto quanto esquisito. O modelo trazia faróis afilados, mas com duas bolhas marcando os projetores – era um estilo aplicado no Integra da época. Mas o que mais chamava atenção era a traseira. O para-choque traseiro era muito mais alto do que o restante do carro, deixando ele achatado.
Combine isso ao fato de que as lanternas eram grandes demais e posicionadas na coluna, além da área envidraçada gigantesca e terá um resultado um tanto quanto controverso. Para amenizar a situação (ou piorar, dependendo do ponto de vista), o rack de teto se transformava em um aerofólio na traseira. Sem esse item, o visual fica ainda mais bizarro.
Com e sem VTEC
Debaixo do capô. o Honda HR-V dos anos 1990 trazia duas opções de motor. Os modelos de entrada vinham com um 1.6 quatro cilindros aspirado de 104 cv e 14,1 kgfm de torque. Já os modelos com tração 4×4 adotavam a versão VTEC desse motor, que subia a cavalaria para 125 cv e o torque crescia para 14,5 kgfm. São os motores mais fracos da história do HR-V.
Mantendo a tradição da Honda, o SUV compacto trazia opção de câmbio CVT nas duas variantes de motor. Contudo, como o sistema não era tão refinado, a opção mais popular era a caixa manual de cinco marchas.
Hiato de 7 anos
Ele morreu em 2006, sendo substituído no Japão pelo Crossoroad, enquanto a Europa ficou sem SUV compacto por um bom tempo. O nome HR-V só voltaria a ser usado 7 anos depois no SUV que bem conhecemos no Brasil. Aliás, ele é vendido em outros mercados como XR-V e Vezel, além das variantes elétricas X-NV, M-NV, VE-1, e:NS1, e:NP1 e e:Ny1.
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