Um dos SUVs compactos queridinhos do mercado e que gerou essa acirrada categoria é o Honda HR-V. Uma espécie de Fit mais encorpado, o SUV tem 3 gerações diferentes em sua história, já viveu somente lá fora, faz sucesso por onde passa e quando chegou era feio. Mas, agora foi para a clínica estética e ficou bem bonito. Confira como foi sua trajetória.

Tudo começou em 1998, em Suzuka, no Japão. A marca japonesa apresentou ao público a primeira geração do HR-V. Ele já era um irmão menor do CR-V e gostava de viver as aventuras das vias off-road. O SUV foi apresentado oficialmente em fevereiro de 1999, tinha tração nas quatro rodas e apenas duas portas.

Nessa época, o Honda HR-V era bem esquisito. A dianteira era ampla e larga. O símbolo da marca era pequeno e ficava bem no centro do capô. Essa peça era praticamente lisa. Seus faróis eram grandes e os iluminadores vinham em formato de círculo. O para-choque saliente trazia uma espécie de boca na parte inferior.

Betty, a Feia

Nas laterais, impressionava a altura em relação ao solo. Um dos seus destaques eram as amplas janelas, o que favorecia a visualização do mundo exterior. A traseira tinha visual fora do comum, já que as lanternas estavam na posição vertical e eram grandes. No teto, o HR-V trazia uma espécie de spoiler com aerofólio. Definitivamente, beleza passava bem longe do SUV.

Ainda em 1999, ele ganhou versões com tração dianteira. Todavia, somente em 2000 ganhou as duas portas traseiras. Ainda assim, o Honda HR-V de primeira geração media apenas 4,11 m de comprimento, mesmo com 4 portas. Atualmente, um Chevrolet Onix, que é um hatch compacto possui 4,16 m.

Em sua primeira geração, o HR-V vinha equipado com o motor 1.6 aspirado de quatro cilindros de 104 cv e 14,1 kgfm de torque nas versões com tração dianteira. Este não contava com o sistema VTEC, famoso nos carros da Honda. Já com tração 4×4, o motor era o mesmo 1.6 aspirado, só que rendia 125 cv e 14,5 kgfm. Ele podia ter câmbio automático do tipo CVT ou manual de 5 marchas.

Mesmo com vocação para off-road e confiabilidade da marca, essa vida do Honda HR-V não fez sucesso nem no Japão e nem na Europa, onde chegou um pouco depois. Mesmo assim, essa vida dele viveu até 2006. Todavia, para quem conhece a história da série e novela “Betty, a Feia”, pode se preparar para a virada do SUV compacto.

Versão nacional do Honda HR-V (divulgação)

Em 2013, a Honda retomou o nome dele em um novo modelo. A segunda geração do HR-V trazia visual bem mais harmonioso. Ele passou a medir 4,29 m de comprimento, o que trazia conforto para 5 pessoas e mais 437 litros de porta-malas. Foi aqui que ele chegou ao Brasil, mais precisamente em 2015 e mudou totalmente a vida da montadora em solo nacional.

Neste momento, o Honda HR-V tinha diversas versões em sua gama, mas o motor 1.8 flex aspirado de 140 cv e 17,4 kgfm estava em toda a linha. Ele podia ter câmbio manual ou CVT e só gostava mesmo era de andar pelas ruas asfaltadas. Essa geração fez sucesso por aqui e lá fora. Aliás, por lá ele era e é conhecido como Vezel e outros nomes.

A segunda geração do SUV fez tremendo sucesso por aqui, tanto é que chegou até a liderar toda sua categoria, a qual se encontrava em ascendência nessa época. A marca reestilizou o modelo em meados de 2019 e apresentou o motor 1.5 turbo de 173 cv do Civic na versão Touring do HR-V. Ela deu um reforço nas vendas, por trazer um desempenho de tirar o fôlego no modelo.

Um botox de classe

Contudo, em 2022 tudo mudaria de novo na vida do Honda HR-V. Aqui, era apresentada sua terceira geração. Mais sofisticada que a segunda, essa traz visual com mais pegada cupê. Mais encorpado que a vida passada, esta traz motor 1.5 aspirado de 126 cv, câmbio CVT e mais destaques como armas para enfrentar seus rivais. As duas versões mais caras da gama, já contam com o propulsor turbo e alegram ainda mais os condutores.

Honda HR-V Touring [Auto+/ João Brigato]

Mesmo com preços elevados perante grande parte dos seus rivais, o Honda HR-V consegue agradar aos gregos e os troianos. É verdade que ele demorou para ficar bonito, mas quando ficou incomodou a tudo e a todos. Atualmente, é um dos carros mais vendidos da marca em solo brasileiro e segue atazanando a vida do Jeep Renegade, Hyundai Creta, Volkswagen T-Cross e mais SUVs.