Quando a atual geração do Honda City surgiu em 2019, a marca japonesa revelou a versão hatch que, até então, parecia inédita. Só que a houve um City Hatch antes do modelo que conhecemos. Vendido unicamente na China, o Honda Gienia é bizarro tem jeito de gambiarra e foi um enorme fracasso.
Lançado em outubro de 2016 e removido de linha três anos depois, o Honda Gienia é a primeira geração de verdade do City Hatch. O modelo nasceu a partir da necessidade da marca japonesa em oferecer derivados de seus modelos internacionais para as suas duas parceiras na China.
Por lá, a Honda é representada pela GAC e pela Dongfeng. Cada parceira tem direito a vender um modelo internacional, enquanto a outra recebe uma variante exclusiva para o mercado local. Elas se intercalam para que todas tenham direitos aos modelos globais da marca japonesa. E nessa estratégia surgiu o Gienia.
Enquanto a GAC Honda fazia o City na China, a Dongfeng ficava responsável pela produção do Greiz, que nada mais era que um City com frente e traseira menos caretas. Nessa pegada mais esportiva, a subsidiária desenvolveu o Gienia como uma versão hatch do City, mas com com custos bem baixos para o projeto.
City com traseira de Civic
Diferentemente do City Hatch atual, que teve toda sua carroceria pensada de maneira mais proveitosa desde o começo para ser um hatch, o Gienia foi adaptado. Ele teve de manter o balanço traseiro do sedã e por isso tem traseira esticada como no Fiat Fastback. A porta traseira também é a mesma do sedã, o que forçou o teto a ter curvatura estranha.
Com vidro traseira muito inclinado, a Honda achou que seria uma ótima ideia colocar um aerofólio bem na zona de visão do motorista e, assim, empurrar o limpador para uma área mais alta. Seguindo a moda na época, o Gienia recebia lanternas interligadas com desenho muito semelhante ao Civic.
Na frente ele trazia o mesmo estilo do Greiz. Ou seja, faróis com mesmo formato do City, mas com projetores e LED. Além disso, a grade frontal era bem maior, com área preta generosa e menos cromado. Na cabine, o modelo recebia apenas pequenas mudanças no acabamento, como o botão de partida vermelho.
O de sempre
Apesar de seu visual esportivo, trazia exatamente o mesmo conjunto mecânico do Brasil: motor 1.5 quatro cilindros aspirado ligado a uma transmissão CVT ou manual de cinco marchas. Vendeu tão mal que a Honda sequer cogitou vender o atual City Hatch na China depois do fracasso do bizarro Gienia.
E você: acha o Honda Gienia bizarro ou ele teria feito sucesso no Brasil? Conte nos comentários