A Fisker está prestes a falir, como foi noticiado pelo Auto+ há alguns dias. A marca entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, acionando o Capítulo 11 para tentar negociar com os credores, em uma tentativa de salvar a marca.
Oficialmente, a fabricante diz que a queda nas vendas dos elétricos foi o motivo principal para a quebra da marca. No entanto, a Fisker cometeu erros inacreditáveis, o que tornou sua situação bastante delicada. E vale lembrar que o fundador da marca, Henrik Fisker, já teve outra fabricante com o mesmo nome, e que faliu em 2013.
No caso da Fisker atual, foram inúmeras falhas cometidas, e que foram listadas pela Bloomberg. Quando a marca foi fundada, há alguns anos, ela tinha pouquíssimos recursos, mas isso foi ignorado pelos investidores. Mesmo sendo um cenário ruim para investimentos, houve empresas que apostaram na marca e injetaram dinheiro na Fisker.
Uma empresa injetou US$ 1 bilhão na marca, que fechou uma parceria com a autopeças canadense Magna. O problema é que fazer carros é difícil e caro. Mesmo com o alto investimento, a Fisker não tinha saldo suficiente para manter o negócio funcionando. Quando o Ocean foi lançado, em 2022, diversos recursos foram cortados, como o piloto automático. Depois, os carros receberam atualizações para que o recurso fosse liberado.
Fisker sem caixa
Gastando dinheiro para produzir os carros, a Fisker só começou a ter receita das vendas no segundo trimestre de 2023. Só que mesmo assim a marca perdeu dinheiro, já que não conseguiu receber parte dos pagamentos, porque o prazo dos cheques (lembra deles?) venceu, ou então as folhas foram totalmente perdidas. No caso dos pagamentos em cartão, alguns recibos foram perdidos, assim como as transferências em dinheiro.
No ano passado, a Fisker produziu mais de 10 mil carros, mas só conseguiu entregar menos de 5 mil. No começo deste ano, a marca tentou fechar parcerias com concessionárias, para agilizar as entregas, mas o processo foi lento e pequeno, o que não ajudou.
Para piorar, o órgão de segurança dos EUA começou a investigar diversos problemas no Ocean, o carro da marca. Os donos reclamaram de dificuldades em frear o carro, defeitos nas portas e até problemas para estacionar o modelo. Tudo isso prejudicou ainda mais a imagem da fabricante.
É evidente que a queda nas vendas de carros elétricos afetou a Fisker. Entretanto, há diversos outros motivos que levaram a marca para o buraco atual. E, ao que tudo indica, ela não deve sair dessa situação.
Acredita que a Fisker consegue se recuperar dos problemas? Deixe nos comentários a sua opinião.