Problemaço

Estudo revela que bancos dos carros podem ser cancerígenos 

De maneira surpreendente, a pesquisa realizada apontou que 99% dos carros podem emitir uma substância cancerígena de seus bancos

carros
Ford Equator [divulgação]

Um estudo recente mostrou que os bancos dos carros podem ter substâncias cancerígenas. A pesquisa foi realizada pela American Chemical Society, e trouxe à tona uma descoberta alarmante: 99% dos carros possuem um produto químico retardante de chamas que pode ser cancerígeno. A pesquisa analisou a presença do tris (1-cloro-isopropil) fosfato, conhecido como TCIPP, nas cabines dos veículos.

O TCIPP é um aditivo retardante de chamas comumente utilizado na espuma de poliuretano presente nos assentos dos carros. Essa substância foi encontrada no ar das cabines dos veículos, o que pode aumentar o risco de câncer caso seja inalada.

Para realizar o estudo, foram selecionados 155 participantes que dirigiam veículos fabricados em 2015 ou posteriormente. Foram realizados 101 testes no inverno e 54 no verão para verificar possíveis mudanças relacionadas às temperaturas.

Novo Land Rover Range Rover [divulgação]
Land Rover Range Rover [divulgação]

Os resultados foram surpreendentes: todos os veículos analisados apresentaram traços de TCIPP no ar das cabines dos carros, correspondendo às amostras de espuma de assento onde o aditivo estava presente. Nas temperaturas mais altas, a concentração de TCIPP no ar foi entre duas e cinco vezes maior, indicando que o calor promove a liberação do produto químico.

Mas afinal, qual a quantidade de TCIPP encontrada? O estudo identificou níveis entre 0,2 e 11.600 nanogramas por grama. Apesar de ser uma quantidade extremamente pequena – um nanograma equivale a um bilionésimo de grama – um relatório de toxicologia de 2023 encontrou possíveis conexões carcinogênicas entre o TCIPP e ratos, o que sugere que mesmo uma exposição mínima pode ser problemática.

Mercedes-AMG G 63
Interior Mercedes-AMG G 63 Grand Edition [Divulgação]

Cuidados para evitar problemas nos carros

É importante ressaltar que os efeitos dos produtos químicos retardantes de chamas têm sido avaliados em diversas situações, porém o setor automobilístico ainda é pouco estudado nesse sentido. Segundo a AAA (Associação Americana de Automóveis), o motorista médio passa uma hora por dia dentro de seus carros, o que torna o ambiente mais concentrado e pode ser agravado em temperaturas elevadas.

Diante disso, o estudo recomenda algumas medidas para reduzir a exposição ao TCIPP. Abrir as janelas quando estacionado ao ar livre para diminuir a temperatura interna e promover uma melhor circulação de ar é uma opção. Além disso, utilizar o ar-condicionado e evitar a configuração de recirculação interna também pode ajudar a reduzir a concentração do produto químico no interior dos carros.

Aurus Senat
Aurus Senat 2025 [Divulgação]

No entanto, os pesquisadores destacam que são necessárias mais avaliações para compreender completamente a extensão dos perigos potenciais relacionados ao TCIPP nos carros. A conscientização sobre essa questão é fundamental para garantir a segurança dos motoristas e passageiros. 

Sabia que seu carro pode emitir esse tipo de substância cancerígena? Deixe nos comentários a sua opinião.


>> Toyota pode utilizar plataforma da BYD para lançar novos carros híbridos

>> Chevrolet vai matar um de seus mais clássicos sedãs

>> Ford define a data para matar de vez o Focus