Salada da Fiat

Croma: quando a Fiat usou o Vectra para substituir o Marea

Croma: quando a Fiat usou o Vectra para substituir o Marea

Quando a Fiat lançou o Marea em 1996, a marca substituía de uma vez o médio Tempra e o grande Croma. Só que quando o Marea, com sua carreira explosiva, saiu de linha, a Fiat ficou sem carros no segmento de topo. Por isso, retornou com o nome Croma em 2005, mas de maneira nem um pouco tradicional.

Os sedãs executivos na época já não faziam tanto sucesso com o público. Afinal, para muitos, não fazia sentido pagar caro em um Fiat, Renault, Peugeot ou Opel se dava para levar um Audi, BMW ou Mercedes pelo mesmo preço, mesmo que menor. De olho na ascensão das minivans, a Fiat pensou diferente.

Alma de Vectra e motor de Captiva

Ao invés de lançar um sedã executivo, a marca iria lançar uma perua com carroceria alta e jeito de minivan, quase como a Peugeot 307 SW, só que maior. Assim, em 2005, surgiu a Fiat Croma. O nome do antigo sedã executivo da marca retornou triunfalmente em uma perua de porte avantajado e…plataforma de Chevrolet.

Nesses tempos, GM e Fiat tinham parceria para desenvolvimento conjunto de plataformas e motores. Foi assim que Corsa e Punto tiveram a mesma base, enquanto Meriva e Idea usaram o mesmo motor no Brasil. Para a Croma, como a Fiat não tinha uma plataforma grande, usou a GM Epsilon Platform.

A base modular servia a carros europeus de grande porte da GM, como Opel Vectra (uma geração à frente do último Chevrolet Vectra genuíno), Cadillac BLS, Opel Signum e Saab 9-3. Inclusive a Croma usada o mesmo motor 1.8 Ecotec do Chevrolet Cruze com 140 cv e o 2.4 Ecotec do Captiva, mas com 147 cv.

Havia também opções diesel, mas todos motores de origem Fiat: 1.9 de 120 cv ou 150 cv e o 2.4 de 200 cv. A opção de câmbio era manual de seis marchas ou automática de seis velocidades para todos os motores disponíveis. De porte grande, a Croma tinha 4,75 m de comprimento, 1,77 m de altura e 1,60 m de largura.

Minivan ou perua?

O que chamava atenção na perua era sua carroceria bem alta e arredondada. As rodas pareciam pequenas demais para ela, visto que a linha de cintura era alta, a área envidraçada também e poucas linhas desenhavam as laterais. Por dentro, ela trazia muito couro, acabamento macio e elementos imitando madeira. 

Em 2007, devido às vendas baixas e mudança de identidade visual da Fiat, a marca deu um tapa no visual da perua. A frente ganhou faróis emprestados do Bravo e grade frontal inspirada no Punto. O desenho ficou totalmente estranho, pois a frente era mais baixa para encaixar os farois do Bravo, que não encaixavam com o resto do desenho.

Um fracasso total nas vendas, a Fiat Croma deixou de ser produzida em 2010 após apenas cinco anos de vida. Depois dela, a marca italiana nunca mais vendeu um carro de mesmo porte. Seu sucessor indireto foi o Freemont, que era um Dodge Journey rebatizado. Hoje na Europa não há nenhum modelo semelhante a ela. Aqui, poderia se dizer que a Toro cumpre seu papel.

Você teria uma Fiat Croma se tivesse sido vendida no Brasil? Conte nos comentários.