O segmento de SUVs compactos está há um bom tempo em ascendência e as marcas possuem ao menos uma opção sua nesta categoria. Claro que existem os mais queridos e o Hyundai Creta é um deles. O SUV apareceu no mundo em meados de 2014 e chegou ao Brasil no fim de 2016. Desde então se tornou uma referência em sua categoria e até uma polêmica bem forte ele criou.
Tudo começou no Brasil em 2016, durante o Salão do Automóvel daquele ano. No estande da marca sul-coreana era exibido o SUV compacto. O Creta nasceu para brigar com os modelos que estavam em ascendência naquele momento: Jeep Renegade, Renault Duster, Ford EcoSport e Honda HR-V. Pouco depois da Hyundai nos apresentar seu SUV, a Nissan revelou o Kicks.
O Hyundai Creta começou a ser vendido no início de 2017 e podia vir equipado com dois motores, o 1.6 aspirado de 130 cv que está vivo até hoje em uma única versão e o 2.0 aspirado de 166 cv, o qual está vivo atualmente e já passou por uma atualização para ficar mais potente. Nessa época, ele podia ter câmbio manual de 5 marchas ou automático de 6 velocidades.
Já chegou incomodando
Parente malhado do HB20, o Creta atraía os consumidores pelo design atual e com pegada urbana. Ele era e ainda é o SUV porta de entrada da montadora sul-coreana. Com 4,29 m de comprimento e entre-eixos de 2,59 m, o espaço interno era e ainda é um chamariz do modelo. Além disso, ele trazia porta-malas de 431 litros, só perdendo para o HR-V e Duster naquela época.
Bem equipado desde a versão mais barata e equipada com o câmbio manual, o Hyundai Creta atingiu a marca de 47.625 unidades vendidas ao longo de 2017 e ficou atrás do SUV compacto da Honda e do SUV médio Jeep Compass no ranking de SUVs feito pela Fenabrave. Em 2018, seu portfólio passou por mudanças significativas.
A versão Pulse 1.6 com câmbio manual e automático que estava viva desde o lançamento saía de cena e entrava a variante esportivada Sport. Ela tinha leves mudanças mecânicas e atraía os clientes pela pegada mais esportiva do visual. Sempre produzido em Sorocaba, no interior de São Paulo, o SUV continuava a crescer no mercado.
Neste ano, ele atingiu a marca de 48.976 emplacamentos e foi líder do seu segmento pela primeira vez. Em 2019, a Hyundai promoveu uma pequena modificação no visual do Creta, com o intuito de deixá-lo ainda mais atualizado na categoria. Novos para-choques, grade e faróis com nova grafia e iluminação fizeram parte do pacote. Neste ano, ele vendeu simplesmente 57.460 carros, novamente figurou entre os mais vendidos.
Carinha polêmica
Em 2020, as versões Action e Limited chegavam para incorporar seu portfólio. Este foi um ano bem marcante para o Creta. Por causa da pandemia e de novos rivais que chegaram, como o Chevrolet Tracker de segunda geração, o modelo da Hyundai vendeu 47.757 unidades e ocupou o 5º lugar em seu segmento. Mas, tudo mudou em 2021.
Em agosto deste novo ano, chegava ao mercado brasileiro a segunda geração do Hyundai Creta. A plataforma é a mesma da primeira vida, só que esta traz novas medidas. Agora, ele passa a medir 4,30 m de comprimento e o entre-eixos segue o mesmo. O espaço interno continua como um dos seus trunfos. A lista de equipamentos de série também chama atenção.
Entretanto, o visual não agrada a maioria e atrai uma enxurrada de críticas. Visual com pegada futurista e nada conservadora são os destaques até hoje. Além disso, o modelo está com ar mais encorpado. De olho nos rivais, a segunda geração traz motor 1.0 turbo em diversas versões. Ele rende 120 cv e 17,5 kgfm e é emprestado do hatch compacto HB20.
Para quem prefere, ainda resta o Creta com visual antigo, somente na versão mais acessível, a Action. Aliás, ela é a única que tem o veterano motor 1.6 aspirado. Mesmo criticado por todos, o Creta segunda geração veio para calar seus concorrentes e vendeu 64.759 unidades até o último dia de 2021 e ficou em terceiro lugar no ranking de SUVs.
Desde 2022 até hoje, o Hyundai Creta possui vendas expressivas em seu segmento e frequentemente lidera as vendas parciais dos meses. Seu maior propósito de atazanar a vida dos concorrentes é normalmente atingida. Ainda que tenha um visual bem extravagante, ele continua competitivo no mercado. Logo mais, ele terá uma cara nova, pois passará por uma reestilização.
Agora, cabe ao público que já se consolidou como seu fã, esperar para ver como ele viverá no acirrado mercado automotivo brasileiro com mais esse botox aplicado na cara. Uma coisa é certa: ele veio para incomodar e para ficar.
Você tem uma história com o Hyundai Creta? Tem ou teria o SUV compacto sul-coreano na sua garagem ou prefere seus rivais? Conte nos comentários
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