Todos sabemos que o mercado de carros híbridos e elétricos no Brasil ganhou muita relevância. Porém, apesar de poucos saberem, o primeiro modelo híbrido vendido no Brasil chegou aqui há 14 anos. Estamos falando do Ford Fusion Hybrid, que certamente foi fundamental para a revolução do mercado.
Um modelo importante no mercado brasileiro. Além de ter sido líder da categoria de sedãs grandes por muito tempo, o Ford Fusion também foi pioneiro em uma das tecnologias que se popularizou atualmente.
Como era o Ford Fusion Hybrid em 2010?
Em novembro de 2010 o Ford Fusion foi lançado na versão híbrida, se tornando o primeiro com esse conjunto no Brasil. Na época importado do México, o sedã da Ford custava à época R$ 133.900.
O Ford Fusion Hybrid de 2010 (modelo 2011) teve a Petrobras como primeira compradora. Posteriormente o modelo foi cedido também para a presidência do país, onde o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva usufruiu do primeiro híbrido do Brasil. Já no fim do mandato de Lula, o Ford Fusion foi disponibilizado então para a presidente Dilma Rousseff.
O conjunto mecânico
Apesar das limitações da época, o Ford Fusion híbrido já tinha um conjunto mecânico bem semelhante ao conhecido nos híbridos atuais. Ele dispunha de um propulsor 2.5 a combustão rodando em ciclo Atkinson, que é mais voltado pra eficiência energética do que o tradicional Otto.
Ele entregava 158 cv de potência, com 18,8 kgfm de torque. Enquanto isso, o motor elétrico rendia até 107 cv e 22,9 kgfm, proporcionando uma potência combinada de 193 cv. A velocidade máxima é de 180 km/h (limitado eletronicamente), e o 0 a 100 km/h é realizado em 9,1 segundos, de acordo com o fabricante.
Apesar de ser um número não muito empolgante nos dias atuais, em 2010 era ótimo para um modelo de luxo voltado para o conforto, que oferecia garantia de oito anos para a bateria e três anos para o carro em geral.
É importante ressaltar que o Fusion Hybrid possuía tração somente dianteira. Já a transmissão era do tipo automática continuamente variável (CVT). Outro ponto interessante é que ele já contava com o sistema de frenagem regenerativa.
Isso quer dizer que ao soltar o pé do pedal do freio, automaticamente o motor elétrico inverte sua rotação. Isso acontece para transformar a energia cinética (de movimento) em energia elétrica para recarregar as baterias. Outra fonte de energia para as baterias é o próprio motor a combustão, já que o Fusion Hybrid não era plug-in (quando recarrega na tomada).
Consumo do Fusion Hybrid
Mesmo pesando 1.687 kg, o sedã híbrido conseguia atingir números interessantes de consumo para a época. Logicamente bebendo apenas gasolina, na cidade ele alcançava uma média de 12,6 km/l, segundo o PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular).
Já na estrada o número sobe para 13,1 km/l. Esses são os números divulgados pelo Inmetro, mas, segundo a marca do oval azul, na cidade o consumo é de 16,4 km/l, e de 18,4 km/l na estrada.
É verdade que hoje em dia os carros híbridos conseguem atingir números bem melhores, mas nada mal para um sedã grande de 2010. Novamente, ele foi o primeiro carro híbrido do mercado brasileiro.
Sempre refinado
O Ford Fusion sempre pertenceu a um segmento mais luxuoso que o tradicional, e com a versão híbrida não era diferente. Essa configuração tinha rodas de liga leve com design exclusivo, além de um inédito painel digital com duas telas de TFT.
Contudo, ele também era equipado com sete airbags, controles de tração e estabilidade, teto-solar elétrico, sensores crepuscular, central multimídia SYNC de 9”, sensor de pressão dos pneus, sistema de som assinado pela Sony com 12 alto-falantes, sensor de ponto cego, banco do motorista com ajustes elétricos, ar-condicionado digital dual-zone, abertura das portas por senha e câmera de ré, para citar.
Você compraria um Ford Fusion Hybrid mesmo depois da garantia das baterias? Conte nos comentários!