Quem gosta de carros esportivo ou divertido de dirigir, em geral não está se preocupando com praticidade, espaço interno ou conforto ao volante. Justamente situações opostas das pessoas que querem modelos confiáveis que te levem do ponto A ao ponto B. Mas e quando as marcas decidem transformar seus carros sem graça em modelos legais? Confira a lista com 5 exemplos.
Renault Sandero RS
O Renault Sandero era um típico carro de Uber, com pouco apelo emocional, mas diversas razões racionais para ser comprado. Só que o Sandero RS é outro patamar. Um esportivo tradicional ao extremo, com motor 2.0 aspirado girador vindo da Scénic com os mesmos 150 cv de um motor 1.4 TSI da Volkswagen usado no Polo GTS.
Mas o mais legal do Sandero RS é como ele fazia curva. Talvez um dos melhores carros produzidos no Brasil com acerto de suspensão e chassi esportivo, ele contornava estradas sinuosas como gente grande e deixava muito carro importado para trás nas curvas. Os bancos também eram destaque, segurando o corpo de forma exemplar, além de serem confortáveis.
Mitsubishi Lancer Evolution
A fama do Mitsubishi Lancer no Brasil (e em boa parte do mundo) é pela versão Evolution. Criada para os rallys, ela transformou um sedã extremamente sem graça em uma máquina das terras capaz de fazer supercarros passarem vergonha. A última geração talvez tenha a sido a mais emblemática para os brasileiros, já que o Lancer normal foi feito aqui.
Enquanto as versões civilizadas usavam motor 2.0 aspirado e câmbio CVT, com uma condução tão emocionante quanto ver comida esquentar no microondas, o Evolution ia bem além. Ele adicionava um turbo à equação e impulsionava a brincadeira aos 340 cv e 48 kgfm de torque controlados por uma transmissão de dupla embreagem e tração 4×4. Um canhão.
Ford Taurus SHO
Apesar de ter revolucionado o mercado americano quando a primeira geração saiu em meados dos anos 1980, o Ford Taurus sempre foi um dos carros mais sem graça vendidos no mundo. Era um sedã grande, com motores V6, outras vezes quatro cilindros e até alguns V8, mas sempre automáticos, lentos e estilo banheira americana com suspensão de pudim.
Até que em 1989, a Ford lançou o Taurus SHO. O nome vem de Super High Output, nome dado por conta de seu motor 3.0 V6 com som afinado pela Yamaha. Com transmissão manual, tração traseira e 223 cv, ele escondia a performance brava com um visual careta. Na última geração, o SHO tinha motor V6 biturbo de 365 cv.
Fiat Linea T-Jet
Nascido para ser um sedã médio, mas derivado de um hatch compacto, o Fiat Linea fse tornou um dos carros mais fracassados do Brasil. Mas ele deixava todos os modelos da categoria que almejava ser para trás em performance na versão T-Jet. Era praticamente um Punto Abarth disfarçado de sedã refinado com couro bege.
Entregava 152 cv e 21,1 kgfm de torque em seu 1.4 quatro cilindros turbo. Como o motor era o mesmo do Punto T-Jet e dos modelos Abarth na Europa, entregava comportamento arisco, com turbolag bem nítido e uma predileção por altas velocidades e rotações. Coroava essa combinação o câmbio manual de cinco marchas.
Toyota GR Yaris
Ainda que o Toyota Yaris europeu seja um carro mais legal que o brasileiro, o modelo nunca foi conhecido por ser emocionante. Entre os hatches compactos, tanto lá quanto cá, o Yaris sempre apostou no lado racional, econômico e prático. Prazer de dirigir nunca foi seu foco e nem de seus clientes. Até que a Gazoo Racing o transformou em um monstrinho.
Com 261 cv extraídos pelo motor três cilindros mais potente do mundo (até o lançamento do GR Corolla), o GR Yaris foi pensado para o rally. Traz carroceria duas portas, fibra de carbono na construção, carroceria anabolizada, tração integral, câmbio manual e um ronco incrível. E tudo feito com base no hatch mais água com açúcar do mercado.
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