
Não é novidade que alguns carros-conceito parecem ter saído diretamente de filmes de ficção científica. Essa semelhança é proposital, já que causar impacto visual é uma forma eficaz de atrair olhares e despertar a curiosidade do público.
Projetos desse tipo costumam ser criados para provocar, explorar o futuro da mobilidade e exibir o potencial dos fabricantes. A indústria automotiva entende que a ousadia vende — e os conceitos mais inusitados são os que mais ficam na memória.
Entre tecnologias curiosas e formatos que desafiam a lógica tradicional, selecionamos cinco exemplos que ultrapassaram os limites. São ideias que, mesmo sem irem às ruas, marcaram época e reescreveram parte da história do automóvel.
Peugeot Moovie

O Peugeot Moovie foi apresentado em 2005 e chamou atenção pelo design, que lembrava uma cápsula sobre rodas. Compacto e totalmente elétrico, ele foi projetado para representar uma visão futurista de mobilidade urbana. O interior era apertado, a dirigibilidade complicada e a visibilidade beneficiada pelos enormes vidros.
Por conta do formato curioso pode ser até comparado à girosfera do filme Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros (2015). Apesar das limitações, ele cumpriu seu papel ao provocar discussões sobre o uso do espaço nas cidades.
Ford Nucleon

O Ford Nucleon foi um conceito criado em 1958 e, como o próprio nome sugere, seria movido por um reator nuclear. A proposta ousada refletia o otimismo da época em relação à energia atômica e ao futuro da mobilidade. A ideia era que o carro nunca precisasse ser abastecido, aproveitando a longa autonomia teórica da propulsão nuclear.
Porém, questões básicas — como contenção da radiação e o comportamento do veículo em caso de acidente — jamais foram resolvidas. O Nucleon até hoje é lembrado como símbolo de uma era cheia de ambições.
BMW GINA Light Visionary Model


O BMW GINA Light Visionary Model, revelado em 2008, levou um conceito a outro nível ao usar uma carroceria feita de tecido elástico. Os designers esticaram esse material flexível sobre uma estrutura metálica móvel, o que permitia que o carro literalmente mudasse de forma.
Com o auxílio de atuadores escondidos sob a superfície, partes da carroceria podiam se mover conforme comandos, criando efeitos visuais únicos. Os faróis, por exemplo, se abriam como se fossem olhos, dando ao veículo uma aparência quase viva, orgânica.
GM Firebird I

Com um visual que remetia diretamente aos caças da Guerra Fria, o Firebird I foi um experimento ousado da General Motors nos anos 1950. Seu design aerodinâmico e futurista chamava atenção, especialmente pela bolha transparente que fechava a cabine, lembrando o canopy dos aviões militares.
O destaque técnico estava na motorização: uma turbina a gás substituía o motor convencional. A ideia era explorar novas possibilidades de propulsão, mas, era barulhento, ineficiente e gerava muito calor. Enfim, antecipou conceitos aerodinâmicos e de materiais leves.
Italdesign Clipper

A Italdesign apresentou o Clipper no Salão de Genebra de 2014 como uma minivan com alma de supercarro. Mesmo sendo voltado para famílias, o modelo chamava atenção pelo design agressivo e pelas soluções inspiradas no universo dos esportivos.
As portas dianteiras abriam para cima, no melhor estilo Lamborghini, conferindo ao modelo um ar ousado e futurista. As traseiras também ofereciam abertura asa de gaivota, facilitando o acesso aos bancos da segunda e terceira fileiras. No total, o Clipper acomodava até seis ocupantes. A propulsão era elétrica com dois motores elétricos com 149 cv (cada um).
Você já conhecia algum desses conceitos? Lembra de outros tão curiosos quanto esses? Compartilhe sua opinião nos comentários!