O que está na moda hoje pode se tornar amanhã algo cringe (como diz a nova geração) ou cafona, como preferem dizer os mais velhos. Mas com os carros, isso também acontece muito mais do que se imagina. Carrocerias ou estilos que outrora foram a sensação do momento, hoje são rejeitados pelo mercado ou até estão mortos. Conheça 5 tipos desse fenômeno.
Carros duas portas
Houve uma época que as marcas precisaram desenvolver carros duas portas para o Brasil, porque o brasileiro teimoso dizia que carro quatro portas era coisa de taxista. O VW Zé do Caixão vendeu mal no Brasil por isso e o Fiat Tempra só teve versão duas portas no nosso país. Mas o jogo virou de maneira absurda.
Hoje não existe sequer um carro produzido no Brasil com versão duas portas, a exceção, claro, de picapes cabine simples. Nem mesmo versões esportivas de hatches possuem variantes de duas portas por aqui. O único modelo que foge à regra é o Mini Cooper. De resto, para ter duas portas, só partindo para um cupê ou um esportivo.
Peruas
Os europeus vão querer guerra com o Brasil por isso e muitos entusiastas automotivos descordarão completamente. Mas perua no nosso país é algo cafona e cringe, ainda que existam modelos fenomenais como Audi RS6. Nenhuma marca fabrica uma perua no Brasil e dá para contar nos dedos os modelos importados, sempre em versões esportivas e caríssimas.
Elas morreram primeiro por conta da invasão das minivans e depois pela dominação dos SUVs. Como uma perua não resolvia o problema de espaço apertado dos hatches, só trazia mais porta-malas, o público acabava migrando para os sedãs no primeiro momento. Mas depois que SUVs e minivans mostraram como ter mais espaço e porta-malas, o brasileiro as esqueceu.
Minivans
No começo dos anos 2000, as minivans eram o último grito da moda. Tanto que diversos carros se influenciavam por elas tal qual os SUVs hoje. A primeira geração do Citroën C3, Volkswagen Fox, Peugeot 307 e Renault Sandero eram todos hatches altinhos com soluções das minivans para se adequar à moda do momento.
Só que os SUVs (olha eles novamente) substituíram as minivans. Antes elas eram compradas por gosto, hoje por necessidade. Tanto que só temos a Chevrolet Spin nessa categoria no Brasil, mas a GM faz questão de dizer que ela não é minivan (mesmo sendo). Diversos modelos nessa categoria já morreram e foram substituídas por SUVs, incluindo o trio de ouro Citroën Picasso, Renault Scénic e Opel Meriva.
Aventureiros com estepe pendurado
Carros aventureiros se tornaram algo raro. Hoje, somente Renault Stepway e Fiat Argo Trekking representam um segmento que era dominante no mercado brasileiro antes de hatches serem convertidos em SUVs. Mas eles ainda não são considerados cafonas porque aboliram um item que já foi moda: o estepe pendurado.
Moda estreada pelo Volkswagen CrossFox era de colocar o estepe pendurado na traseira. Tudo com o uso de estruturas de ferro pesadas que, muitas vezes, exigiam abertura lateral antes de levantar a tampa do porta-malas. Citroën Aircross, Fiat Doblò Adventure e até mesmo a Chevrolet Spin antes da reestilização eram assim. Caiu em desuso por segurança e cafonice.
Sedã médio ou SUV manual
Por mais que o câmbio manual seja divertido de dirigir, tente vender um sedã médio ou um SUV com pedal de embreagem. No mercado de usados eles se tornam mico total. Prova disso é que não existe sequer um sedã médio vendido no Brasil com transmissão manual, enquanto os compactos só se salvam porque existem modelos 1.0 e ainda são baratos.
Entre os SUVs, só Fiat Pulse e Renault Duster oferecem opção que não seja automática. A Nissan matou o Kicks manual não tem muito tempo, assim como a Chevrolet fez com o Tracker manual, a VW com o T-Cross com embreagem, enquanto a JAC matou o T40 como um todo. Aliás, o Nivus deveria ter nascido com versão manual, perdeu porque o T-Cross manual fracassou.
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