Deveriam ter vindo

5 carros que quase foram vendidos no Brasil

Entre promessas e confirmações, esses cinco carros bateram na trave, chegaram até a ser confirmados, mas algo aconteceu

Ford F-150 Raptor [divulgação]
Ford F-150 Raptor [divulgação]

O mercado brasileiro é cheio de surpresas. Por conta da alta volatilidade do real e das mudanças rápidas de dinâmica do mercado, muitas vezes as montadoras planejam trazer carros para cá, mas aos 45 do segundo tempo, algo da errado. Esses cinco casos são exemplos disso.

Mercedes-Benz Classe X

Mercedes-Benz Classe X [divulgação]
Mercedes-Benz Classe X [divulgação]

Dividindo plataforma e diversos componentes com Nissan Frontier e Renault Alaskan, a Mercedes-Benz Classe X foi um dos casos mais impressionantes. Ela estava no Salão do Automóvel de 2018, mas ficou escondida dos outros carros e jornalistas porque a Mercedes desistiu na última hora de apresenta-la.

As vendas na Europa estavam ridiculamente baixas e o investimento necessário para produção na Argentina já não se justificava. A marca chegou a desenvolver o treinamento para revendas, todo plano de produção e comercialização, além de materiais publicitários. Mas os custos ficaram apertados e o fracasso na Europa fez os planos dançarem.

Fiat Bravo

Fiat Bravo 1995 [divulgação]
Fiat Bravo 1995 [divulgação]

Nos anos 1990, a Fiat passava por um processo de renovação de seus carros no Brasil e percebia que o mercado de hatches médios estava em alta. Por isso, escalou o Bravo para ser lançado por aqui em 1998 ainda importado da Itália. O modelo chegaria em versões com motor 1.6 e 2.0, enquanto o Marea seria produzido em solo nacional.

Ele foi uma das grandes estrelas do Salão do Automóvel de 1998. Havia até um concurso em que o prêmio era um Bravo 0km. Quando os navios estavam carregados para vir ao Brasil, o dólar disparou e o Bravo se tornou caro demais. A solução foi produzir o Brava por aqui e oferecer o Marea aos vencedores do concurso.

Renault Koleos

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Renault Koleos 2016 [divulgação]

Quando a Renault abriu seu stand no Salão do Automóvel de 2016, haviam três modelos de destaque: Kwid, Captur e Koleos. O Kwid ainda era apresentado de maneira conceitual, enquanto o Captur estava pronto para as lojas. Já o Koleos era a promessa de que viria, mas não naquele momento.

A Renault relutou, trouxe algumas unidades que são usadas até hoje por executivos da marca, mas os planos azedaram. Novamente, culpa do dólar. O Koleos deveria ser a ponta mais alta do portfólio da marca francesa e o degrau acima do Captur. O problema é que o degrau ficou alto demais e ele destoaria do restante do portfólio.

Volkswagen Santana

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Volkswagen Santana 2012 [divulgação]

Antes do desenvolvimento da plataforma MQB para o Brasil, a Volkswagen planejava um sedã para ficar entre o Voyage e o Jetta. O buraco entre esses dois carros era grande o suficiente para trazer de volta o Santana, vendido na China. O modelo compartilhava plataforma com o Voyage, o que reduziria custos de projeto.

Contudo, com o projeto do novo Polo para o Brasil aquecido e o desenvolvimento local do Virtus aprovado, não fazia sentido investir em um projeto chinês mais antigo e defasado. Com isso, o Santana foi deixado de lado pela Volkswagen em favor do sedã do Polo. Entre os carros da lista, esse foi o que mais despertou atenção e também o que ficou mais longe da realidade.

Ford F-150 Raptor

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Ford F-150 Raptor 2010 [divulgação]

Após anos de promessas, enfim a F-150 começou a ser trazida para o Brasil. No entanto, nada da versão Raptor, a mais radical da picape, ser importada oficialmente. A investida seria mais do que certeira, afinal, a Raptor é um dos carros importados de maneira independente mais vendidos do país.

Ela bateu na trave incontáveis vezes que até mesmo a Ford não sabe dizer quantas foram as promessas de trazer a F-150 Raptor para cá. O que nos contantamos é que, felizmente, a Ranger Raptor está entre nós.

Qual outros carros deveriam ter sido vendidos no Brasil? Conte nos comentários.


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