Hoje, a Argentina passou por uma das maiores vergonhas da história do futebol. Em sua estreia na Copa do Catar, a seleção de Messi e companhia não foi páreo para a modesta Arábia Saudita e perdeu por 2×1. Pior, de virada. Foi a primeira vez em 32 anos que a seleção dos hermanos foi derrotada em seu primeiro jogo em um mundial.
De volta ao mundo das quatro rodas, Argentina e Brasil compartilham diversos carros e alguns costumes. Boa parte dos modelos vendidos lá no país vizinho são feitos aqui, enquanto quase todas as caminhonetes que rodam nas fazendas brasileiras tem passaporte argentino. Contudo, nem sempre o nosso mercado tem carros legais como os deles.
Entre carros legais que já foram vendidos no Brasil, mas depois descartados, passando até por versões mais interessantes de modelos vendidos por aqui, a Argentina tem uma rica cultura automotiva. Conheça alguns exemplos que nos deixam com inveja – e que de certa forma apaziguam um pouco o vexame da seleção na Copa.
Ford Kuga Híbrido
Não é de hoje que a Ford conta com uma linha mais diversa na Argentina do que no Brasil. Se por aqui a marca só tem como SUVs o Territory e o Bronco Sport, no país vizinho há mais opções. Até mesmo o EcoSport ainda aparece no site oficial da marca, mesmo extinto há quase dois anos no mercado brasileiro. Porém, o SUV que mais chama a atenção é o Ford Kuga.
Modelo médio que utiliza a mesma plataforma do Focus europeu, o Kuga utiliza o motor 2.5 de ciclo Atkinson a gasolina de 165 cv em conjunto ao elétrico de 130 cv. A potência combinada é de 203 cv e o SUV ainda conta com tração integral. Moderno e com um bom design, o Kuga poderia brigar no segmento dominado por Jeep Compass, mas a Ford não tem planos de trazê-lo para o país.
Ford Ranger Raptor e F-150 Raptor
A linha de modelos da Ford na Argentina é basicamente o dobro da oferecida no Brasil. Tal como nós, eles tem Territory, Ranger e Mustang. Contudo, os vizinhos ainda tem acesso ao SUV Escape (chamado de Kuga), a van Transit (já confirmada para o nosso mercado) e até o Mondeo (Fusion com outro nome e à beira da aposentadoria).
Mas a grande perda para os brasileiros está na linha Raptor. Os argentinos podem comprar a Ford Ranger Raptor, que é proibida por aqui por ser diesel e não levar uma tonelada de carga, além também da gigantesca F-150 Raptor. Até mesmo as versões normais da F-150 estão disponíveis por lá e não por aqui.
Hyundai Veloster
O brasileiro já foi fascinado pelo Veloster, mas a decepção foi grande. Quando a CAOA trouxe o modelo na primeira geração, o equipou com motor 1.6 de HB20 enquanto prometia muito mais potência. Lá na Argentina não foi assim e o cupê de três portas criou uma boa fama.
A Hyundai importa para a terra do alfajor a nova geração nas versões Turbo e até no esportivo N. Elogiadíssimo pela imprensa internacional, o Hyundai Veloster N conta com motor 2.0 turbo quatro cilindros de 250 cv e transmissão manual de seis marchas.
Toyota C-HR
Até hoje a Toyota não tem um SUV compacto no Brasil. Mas lá na Argentina, o C-HR é oferecido como SUV de entrada da marca e com bônus de ser híbrido.
É justamente por conta disso que ele nunca veio ao Brasil. Por ter somente motorização híbrida e construção cara, ele ficaria acima dos rivais diretos e não teria a mesma força no segmento. Uma pena, pois é um SUV com visual esportivo e motorização compartilhada com o Corolla e Corolla Cross.
Chevrolet Tracker manual
Bem no começo da sua trajetória, o Chevrolet Tracker chegou a ser vendido no Brasil com câmbio manual. Porém, essa configuração ainda existe na Argentina. E com um detalhe: por lá, o SUV só é oferecido com o motor 1.2 turbo de 132 cv – no mercado brasileiro este propulsor só está disponível na versão Premier.
Mesmo não sendo um carro com pretensão esportiva, o Tracker 1.2 manual deve trazer mais emoções ao volante, mas sem abrir mão do espaço interno do modelo e da possibilidade de ser ter um carro familiar. Ou seja, é uma opção que poderia agradar quem gosta de ter um temperinho a mais na direção cuja família cresceu um pouco.
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