Ainda que caminhonetes (ou picapes, tanto faz) sejam o próximo segmento da moda para dominar o mercado junto dos SUVs, nem todas fizeram sucesso. Ainda que, para a maioria dos mercados, fazer um modelo com caçamba seja a receita para o sucesso, alguns modelos não conseguiram alcançar esse topo de mercado.
Por isso, reunimos aqui cinco caminhonetes que foram verdadeiros fracassos. A situação delas é tão complicada que, além de terem vendido mal, eram duramente criticadas pela mídia especializada enquanto estavam à venda. E, prova maior de seus fracassos, é que essas cinco caminhonetes não existem mais e não deixaram sucessoras.
Mercedes-Benz Classe X
O exemplo mais recente das caminhonetes fracassadas é a Mercedes-Benz Classe X. Com pouco mais de 16 mil unidades vendidas no mundo e produção feita somente entre novembro de 2017 e maio de 2020, a Classe X era uma ótima ideia, só que executada da pior maneira.
Ao invés de partir da base de uma Sprinter ou desenvolver sua caminhonete sozinha, a Mercedes-Benz achou que era uma boa transformar uma Nissan Frontier em Classe X. O interior compartilhava muitas peças da Nissan e a lateral era igual. Como resultado, ninguém engoliu a caminhonete como um verdadeiro Mercedes. Até porque era um Nissan frufru.
Chevrolet SSR
No começo dos anos 2000, por causa de modelos como Mini Cooper, Volkswagen New Beetle e Ford Mustang, todas as marcas queriam um carro retrô. A Chevrolet, vendo isso, decidiu lançar uma picape conversível inspirada nas caminhonetes de 1951. A ideia parecia interessante, especialmente porque era, basicamente, um muscle-car com caçamba.
Só que a SSR tinha proporções estranhas. Ela tinha comprimento de Montana, largura de Silverado e altura de Tracker. Só que contava com caçamba coberta, teto retrátil e interior mais apertado do que o de um Celta. Nem mesmo os motores 5.3 V8 e 6.0 V8 foram capazes de salvá-la. Especialmente porque o câmbio era automático de 4 marchas.
Peugeot Hoggar
A maioria das marcas no Brasil já aprendeu que não dá para mexer com a Fiat Strada. Mas, mesmo assim, a Peugeot achou que era uma boa ideia arranjar briga com a Fiat antes da criação da Stellantis. Por isso, em 2010 lançou a Hoggar. A picape compacta era derivada do 206/207 e tinha a maior caçamba da categoria.
O problema é que ela trazia a cabine mais apertada entre todas as caminhonetes do segmento. Além disso, o lançamento foi feito na geração 7 dos Peugeot, conhecidos por inúmeros problemas de suspensão e mecânicos. Para piorar, na época, as concessionárias desvalorizavam os próprios carros: problemas que, hoje, já foram resolvidos.
Lincoln Blackwood
Ainda que a Mercedes-Benz Classe X tenha sido a mais notável, ela não foi a primeira caminhonete lançada por uma marca de luxo. Esse título pertence à Lincoln Blackwood, que não poderia ter sido mais desastrosa. Baseada no SUV Navigator, ela trazia caçamba revestida em carpete, com abertura estilo Fiat Toro e cobertura semelhante à Toro Ultra.
O problema é que isso tornava a caçamba um gigantesco porta-malas, não uma caçamba de fato. Para piorar a situação, a traseira contava com frisos horizontais que faziam com que ela parecesse um caixão de defunto ambulante. Vendeu tão mal e foi tão criticada, que a Ford (dona da Lincoln) só manteve a produção entre Agosto de 2001 e dezembro de 2002.
Subaru Baja
Antigamente uma caminhonete ou era construída em chassi sob carroceria ou era um modelo compacto de duas portas para trabalho. Mas a Subaru viu uma oportunidade de criar um segmento com a Baja. A caminhonete derivada do sedã grande Legacy surgiu em 2002 com visual off-road da perua Outback e quatro portas.
O problema é que ela era simplesmente horrível e uma ideia à frente de seu tempo. Caminhonetes monobloco só foram ganhar quatro portas e se popularizar quando a Fiat lançou a Toro e depois trouxe a Strada de quatro portas. A Subaru Baja foi produzida somente entre julho de 2002 e abril de 2006, vendendo horrivelmente mal.
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