Quando o Toyota Corolla Cross foi lançado no Brasil em março de 2021, todos apostaram que o SUV médio venderia mais que o sedã médio e que um atrapalharia as vendas do outro. Mas o tempo passou e ficou bastante claro que o público de um Corolla é diferente do outro. E o mais interessante: as vendas do sedã não cairam.
Segundo dados fornecidos pela Fenabrave e compilados pelo Auto+, em 2020 o Toyota Corolla vendeu 41.072 unidades. Nesse momento ele ainda estava sem seu irmão SUV e tinha a concorrência de Chevrolet Cruze, VW Jetta e Honda Civic ainda forte. Para variar, foi o sedã médio mais vendido do Brasil.
Em 2021, com o mercado retraindo 3,56%, o Toyota Corolla manteve seu ritmo de vendas e até teve mais unidades comercializadas. Foram 41.891 sedãs emplacados, volume que não foi atrapalhado pela estreia do SUV. Lançado em março, o Corolla Cross teve 34.249 unidades vendidas em seu primeiro ano.
Em 2022, lentamente vimos o mercado brasileiro se recuperar, com alta de 1,22% no volume de vendas. No ano passado, os dois Corollas tiveram volume de vendas semelhante. O sedã emplacou 42.887 unidades, mais do que no ano anterior. Já o SUV obteve 42.506 emplacamentos no mesmo período.
Ou seja, mesmo em ano cheio para os dois, o sedã não perdeu sequer uma parte de seu volume e clientela. Aliás, conseguiu subir nas vendas, mesmo não tendo novidades há muito tempo. O SUV encontrou seu espaço e avançou nas vendas, permitindo que a Toyota ganhasse participação no mercado.
Vai virar?
Só que 2023 parece ser o ano de virada para o Corolla Cross. No acumulado de vendas de janeiro a maio, o SUV teve 18.126 unidades vendidas contra 16.101 do sedã. Isso não significa, porém, que o Corolla perdeu o ritmo. Muito pelo contrário, alias.
Considerando os cinco primeiros meses do ano (de janeiro a maio), o Corolla sedã vendeu 17.002 unidades em 2022, 16.357 unidades em 2021 e 14.792 unidades em 2020. Ou seja, o ritmo continua o mesmo e é superior ao resultado de 2020 e bastante próximo ao de 2021. É a prova de que SUV e sedã podem conviver, mesmo com nome igual e tão parecidos. basta a marca querer.
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