![Honda Civic hibrido e:HEV [divulgação] Honda Civic hibrido e:HEV [divulgação]](https://www.automaistv.com.br/wp-content/uploads/2023/01/Honda-Civic-hibrido-2_edited-990x556.jpg)
Sempre que uma marca anuncia que a próxima geração de um de seus icônicos carros passará a ser híbrida ou elétrica, a internet entra em fúria. Mas antes que comecem a apontar dedos para o Honda Civic híbrido se sintam aliviados. A eletrificação do sedã médio o tornou ainda melhor. Aliás, esse é o melhor Civic de todos os tempos.
Antes ele era vendido no Brasil com motor 2.0 aspirado ou 1.5 turbo, sempre pareados a uma transmissão CVT. Por pouco tempo existiu o Civic 2.0 manual e o raro cupê Si com motor 1.5 turbo e câmbio manual. Tudo isso foi jogado fora e agora a marca japonesa traz o modelo com motor híbrido.
Um 2.0 quatro cilindros aspirado de 143 cv e 19,1 kgfm de torque com 41% de eficiência energética serve como usina de força para alimentar o sistema elétrico. Ele só impulsiona o carro em situações muito específicas. O que manda no Civic híbrido é o motor elétrico de 184 cv e 32,1 kgfm de torque.
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Impulso elétrico
A vantagem desse sistema é que ele é mais eficiente e traz a força do motor elétrico a todo momento. O Civic acelera forte e sem medo, muito mais animado que o antigo Si. Tudo por conta do torque instantâneo, que se manifesta em todas as situações. Mas o interessante é que o som do motor se faz presente.
Ele acelera para carregar mais rápido o sistema elétrico, criando a impressão de que é o motor a combustão que empurra o Civic. O mais legal é que a Honda criou uma simulação de marcha, em que em acelerações mais fortes, o motor acelera até a rotação mais alta e depois cai tal qual se tivesse trocado de marcha. Mas o câmbio não tem marchas.
Alma do Civic
Entre todos os sedãs médios à venda no Brasil, o Civic sempre foi referência nas curvas – em nível que seus rivais só se equiparam em versões esportivas. Ainda que tenha crescido em relação à geração anterior, ele segue ótimo nesse quesito. Ele engole as curvas com confiança e em um acerto de suspensão mais durinho e firme que a média do mercado.
Toque premium
Como o Honda Civic híbrido ficou bem mais caro que antes, a Honda precisou sofisticar o modelo. E isso foi feito. O acabamento melhorou substancialmente, com muita superfície macia no topo do painel e nas portas. Até mesmo as portas traseiras são macias, algo raro. Há de destacar também a qualidade do couro no volante, o mesmo do Accord e do HR-V Touring.
A central multimídia, ao menos nesse rápido contato, pareceu absurdamente melhor que a usada no HR-V e no City. Tem tela de boa definição, é rápida e traz Android Auto e Apple CarPlay sem fio. Já o ar-condicionado digital do sedã usa os mesmos comandos de outros Honda, sendo fácil de usar e prático.
Um ousado, um careta
Alternando sempre, a Honda faz uma geração ousada do Civic e uma careta. Como a anterior era bastante forte no visual, ela resolveu baixar o tom no novo modelo. E confesso que ao vivo é bem mais bonito do que nas fotos. Na vida real, ele impõe pelo tamanho avantajado e linhas horizontais que dão sensação de porte.
Por falar nessa sensação premium, vale um adendo sobre os sistemas de auxilio a condução. O Honda Sensing foi muito bem calibrado, com correções precisas e sutis de volante com o sistema de manutenção em faixa. Há até compensação de vento lateral e reconhecimento de ultrapassagem de caminhão para manter o carro reto.
Veredicto
A nova geração do Honda Civic encareceu bem mais do que deveria, custando agora R$ 244.990. Só que proporcionalmente evoluiu. Ele agora tem acabamento suficiente para cutucar modelos premium de entrada, motorização híbrida eficiente e que não o deixou sem graça, além de ser bem servido de tecnologia.
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