Cada vez mais fortes são os indícios de que a chinesa Great Wall vai finalmente desembarcar no Brasil. Depois de alguns ensaios e tentativas, uma das maiores montadoras do país asiático pretende atuar em nosso país diretamente como fabricante, não importadora. A ideia é comprar a fábrica da Mercedes-Benz.
A ideia da Great Wall em chegar no Brasil já como fabricante faz parte de sua estratégia global de ampliação. Em 2020, ela assinou contrato com a Chevrolet para comprar as desativadas fábricas da marca norte-americana na Tailândia e na Índia. Agora aqui no Brasil, o acordo será firmado com a Mercedes-Benz, segundo a Bloomberg.
A planta de Iracemápolis, interior de São Paulo, foi erguida em 2016 e permaneceu na ativa por apenas quatro anos. A planta era responsável pela fabricação do Classe C e do SUV compacto GLA da geração anterior. Foram investidos mais de R$ 600 milhões na estrutura que tinha capacidade para fazer 20 mil carros por ano.
Qual o plano da Great Wall?
É um volume mais do que suficiente para a Great Wall começar a atuar no Brasil. O que resta dúvidas é como a marca atuará aqui no Brasil. Rumores anteriores apontavam para a venda de carros elétricos. O problema é que a indústria nacional ainda não está pronta para fabricar esse tipo de veículo.
Uma forte aposta é na marca Haval. Fabricante de SUVs mais vendidos da China, ela é uma espécie de Jeep do oriente. Com a Haval, a chinesa poderia atuar em segmentos extremamente rentáveis e ganhar volume rapidamente no Brasil. Vide o que a CAOA Chery fez ao apostar com força na linha Tiggo.
Mercedes-Benz e Great Wall não comentaram sobre o assunto até o momento.
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