Depois de uma empolgação massiva e conjunta de todas as fabricantes dizendo que se tornaram produtoras de carros elétricos, boa parte delas está voltando atrás quanto a isso. A General Motors e suas marcas Chevrolet, Buick, GMC e Cadillac é mais uma que oficialmente desistiu de só vender carros elétricos.
Em 2018, o então presidente da GM Mark Reuess, anunciou que o grupo só venderia carros elétricos a partir de 2030. A estratégia foi fortemente endossada por Mary Barra, atual CEO do grupo. Inclusive, a Chevrolet do Brasil seguiria a mesma estratégia, trocando modelos de volume como Onix e Tracker por modelos elétricos no final da década.
Mas, os planos foram revistos e agora a Chevrolet e suas marcas irmãs arregaram do processo total de eletrificação. Segundo informações do CNBC, os planos mudaram drasticamente por conta da demanda dos consumidores e dos concessionários. Isso porque não são todos os que estão prontos para só vender carros elétricos.
Segundo Paul Jacobson, CFO da GM, “nós sabemos que a curva de crescimento dos carros elétricos não é linear. Por isso, estamos nos preparando para flexibilizar a produção entre carros elétricos e carros a combustão”. Outro ponto que levou a essa mudança é o sucesso do Corvette E-Ray e de modelos híbridos na China.
A GM percebeu que a eletrificação parcial dos carros faz muito sentido para vários consumidores e também permite custos mais baixos do que carros totalmente elétricos. O novo Equinox, por exemplo, terá versão híbrida na China e pode também receber essa motorização eletrificada nos EUA e no Brasil.
Apesar disso, Mary Barra fomentou que até 2035 a GM tem como objetivo eliminar as emissões de poluentes pelo escapamento de seus carros. Entretanto, isso não deverá mais compreender 100% dos veículos, permitndo maior flexibilidade e adoção de motorizações híbridas ou limpas em países em que há demanda para isso.
Basta ver o Brasil. Hoje os carros elétricos são bem mais caros que modelos a combustão equivalentes. A Chevrolet tem uma das maiores redes de concessionárias. Revendas essas que não poderiam da noite para o dia deixar de vender carros na faixa de R$ 90 a R$ 150 mil para ter modelos de entrada começando em quase R$ 200 mil.
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