Chevrolet Blazer EV em testes no Brasil [divulgação]

Nesta última quarta-feira a General Motors (grupo do qual a Chevrolet faz parte) anunciou a colaboração do Brasil no desenvolvimento de novos carros elétricos globais das marcas do grupo GM. Um deles, que já começou a ser testado por aqui, é o Blazer totalmente elétrico, previsto para chegar ao nosso mercado oficialmente ainda em 2023. Além disso, sugeriu uma produção nacional de elétricos em breve.

Em 2021 a General Motors, que é dona de marcas como Cadillac, GMC, Chevrolet e Buick, havia anunciado um investimento global de 35 bilhões de dólares, destinados somente ao desenvolvimento de novos produtos EVs (Electric Vehicles). O que a empresa acaba de divulgar agora é que o Brasil terá um papel importante nesse processo.

O que o Brasil fará?

Santiago Chamorro, presidente da General Motors na América do Sul, fez questão de destacar que o Brasil conta com uma ampla estrutura de desenvolvimento. Há, por exemplo, o Campo de Provas de Cruz Alta, em Indaiatuba (SP), além do Centro Tecnológico localizado na planta de São Caetano Do Sul (SP).

De acordo com o comunicado da GM, essa estrutura brasileira está sendo utilizada para a contribuição no projeto de determinados modelos globais da futura geração de veículos 100% elétricos. Ela disse ainda que as principais colaborações estão relacionadas às áreas de eficiência energética e de conectividade.

Além disso, também serve na realização de testes de homologação e certificação necessárias para customizar os elétricos à legislação e às preferências de diferentes mercados. No Brasil, como o Blazer EV já foi anunciado ainda para 2023, logicamente os testes estão sendo realizados para adequar o modelo ao nosso mercado automotivo.

Produção nacional de elétricos?

De acordo com Chamorro, os próximos elétricos da Chevrolet serão importados para o nosso país, mas podem ser produzidos em terras brasileiras em um futuro próximo. “Entre as montadoras instaladas, provavelmente nós seremos os primeiros nessa inovação de industrializar veículos elétricos no país e não vai ser muito distante de agora”, disse.

O executivo também comentou que temos condições para produção de veículos elétricos: “Há a presença de minérios necessários para produção de baterias – lítio, cobalto, magnésio, cobre –, uma capacidade de engenharia e manufatura importantes, potencial fabril maior do que o mercado está realizando hoje e talento impressionante para abraçar essa nova tendência tecnológica.”

Isso nos dá alguma esperança de uma produção local que garanta pelo menos um menor custo de fabricação. Assim, seria possível definir um preço mais competitivo nos modelos elétricos, que hoje ainda são bem caros.

Eletrificação da Chevrolet no Brasil

Em nosso país a montadora só tem um carro totalmente elétrico oferecido atualmente, o Bolt EV. Vendido por caros R$ 329.000, em breve ele terá uma nova companhia. Conforme já mostramos aqui no Auto+, a Chevrolet revelou o Bolt EUV (versão SUV) durante o evento musical Lollapalooza.

A montadora de origem americana também já confirmou a chegada de outros dois modelos elétricos ao nosso mercado ainda em 2023. Estamos falando do Equinox EV e Blazer EV. Esse segundo, inclusive, teve seus testes revelados pela marca juntamente com o anúncio da colaboração no desenvolvimento de elétricos.

Como será o Chevrolet Blazer EV

O SUV deve inaugurar a plataforma Ultium em nosso país, que é desenvolvida para carros eletrificados da marca e utilizada até mesmo pela Honda. Ainda não se sabe exatamente qual configuração estará disponível no Brasil, mas lá fora ele tem disponibilidade de tração dianteira, traseira ou nas quatro rodas.

Por enquanto a Chevrolet revelou apenas os números da versão de topo SS, mais esportiva. São 565 cv de potência e 89,5 kgfm de torque, garantindo que ele fique no mesmo nível (ou superior) a modelos como BMW iX e BYD Tan, pelo menos nesse quesito. O 0 a 100 km/h dessa versão é feito em menos de 4 segundos.

Quando falamos de autonomia, a marca divulgou 398 km para a versão 1LT, 472 km para a 2LT com pacote de baterias, 515 km na RS e 466 km na esportiva SS. No Brasil, certamente os testes oficiais do Inmetro serão muito mais conservadores, reduzindo drasticamente os números oficiais de alcance.