Nos anos 1960 e 1970, os carros da Cadillac eram considerados a epítome do luxo: exageradamente grandes, cheio de cromados e lotados de mimos, eles se tornaram o padrão da categoria. Mas ai um certo trio alemão formado por Mercedes-Benz, Audi e BMW mostrou outro caminho, o qual a Cadillac tenta copiar constantemente. Ou ao menos tentava.
Apresentado como conceito há pouco tempo, o Cadillac Celestiq já está pronto para as ruas e volta ao formato original da marca americana: exagerado, chamativo e lotado de itens supérfluos somente pelo puro estilo Cadillac. Exemplo disso: 450 LEDs no interior, sistema de som de 38 alto-falantes e sistema “cachecol de vento” que sopra ar quente no pescoço.
A marca reforça tanto seu lado luxuoso que somente 6 Celestiq serão feitos por dia e nunca dois modelos serão idênticos. Para isso, a Cadillac produzirá a partir de dezembro do ano que vem o modelo praticamente a mão em Detroit, mas conta a modernidade de 115 peças produzidas em impressora 3D, entre elas a maçaneta e botões dos vidros elétricos.
Caddy elétrico
Totalmente elétrico, o Cadillac Celestiq é produzido sobre a plataforma Ultium que a General Motors usará em todos os modelos elétricos do grupo: desde o Equinox EV, passando pela Silverado EV, até o SUV luxuoso Lyriq. A base traz um novo tipo de moldagem de metal que elimina de 30 a 40% dos componentes.
Ele conta com dois motores elétricos que juntos produzem 608 cv e 88,4 kgfm de torque, levando o Celestiq aos 100 km/h em 3,8 segundos. Não é um carro de números absurdos de performance, mas é suficientemente rápido para ser o Cadillac mais luxuoso da família. Segundo a marca, são 483 km de autonomia com carga completa.
Como a Cadillac descreve seu modelo com “rodar refinado sem sacrifícios”, o Celestiq conta com suspensão adaptativa a ar com amortecedores magnéticos. Além disso, traz roda traseira esterçante e sistema que automaticamente ajusta o quanto o volante precisa ser virado dependendo da velocidade do carro.
Iate americano
O visual que é a verdadeira homenagem aos Cadillac clássicos: é exagerado e muito chamativo. Não é um sedã, tampouco um hatch, mas sim algo perto de um cupê ou de um iate. A lanterna traseira é um enorme L que invade a lateral e é acompanhado de outro L no para-choque, que sobe em direção ao aerofólio.
Já a dianteira tem faróis finos abraçados por um friso de cromo acetinado. As luzes principais ficam em uma torre de LEDs na abertura de ar lateral. Tudo isso é complementado por uma enorme sessão de plástico preto texturizado que faz as vezes de grade frontal e replica o formato do logotipo da Cadillac.
Por dentro, a cabine é mais minimalista, com poucas linhas e materiais. O couro azul do modelo de divulgação remete aos anos 1970, enquanto a profusão de telas à frente do motorista grita modernidade. Há ainda uma quarta tela no console central para comandos do ar-condicionado.
Teremos no Brasil?
Vale lembrar que a Cadillac não atua oficialmente no Brasil por enquanto, por isso não há expectativas de que o Celestiq chegue por aqui. Nos EUA, ele começa a ser vendido em dezembro do ano que vem a partir de US$ 300 mil (R$ 1,5 milhão).
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