Ao longo das décadas, a Volkswagen interpretou as necessidades do público brasileiro. À medida em que as famílias cresciam, havia a necessidade de mais espaço para as bagagens, sendo os sedans os preferidos dos consumidores.
Baseado no Gol, o Voyage, foi lançado em 1981 e fabricado até 1995. À época, era comum os sedans terem duas portas, e ele seguiu essa tendência. Após ser descontinuado, o nome Voyage voltou na quinta geração do Gol, em 2008, permanecendo em produção até 2022.
O Virtus foi um novo capítulo para os sedans do fabricante. Para muitos, ele é um novo Voyage. E sinceramente, eu acho isso muito bom. Afinal, dá continuidade do legado que o seu antecessor deixou para os brasileiros. Eu mesmo, guardo memórias de um Voyage verde, que meus pais tiveram com bancos em tecido. Um charme!
Aqui no Alma Automotiva já tivemos a oportunidade de testar algumas versões do Volkswagen Virtus, o que ampliou nossa percepção desde os detalhes de acabamento até o desempenho. Apesar disso, não testamos as versões com motor 1.4 turbo (GTS) nem a 1.6 aspirada. Entretanto, o escolhido desta matéria é o Virtus Highline 2019 com câmbio automático.
Os atrativos internos do Volkswagen Virtus
O Volkswagen Virtus envelheceu muito bem, aqui já em seus 6 anos de vida. Isso é percebido quando dirigimos nas vias mal pavimentadas de São Paulo, sem escutar nenhum barulho de acabamento interno.
A sensação de qualidade do interior fica pelo carpete de assoalho na cor clara, bancos anatômicos, que mesclam preto e cinza, assim como o volante oferece ótimo acabamento e empunhadura, com a coluna ajustável em altura e profundidade. Além disso, o espaçoso porta-malas possui uma capacidade volumétrica de 521 litros.
Por fora, luzes de rodagem diurna em LED, belíssimas rodas de liga leve, detalhes cromados na grade dianteira e para-choque traseiro, em conjunto com as linhas bem vincadas da carroceria transmitem um visual elegante. Há uma boa altura em relação solo.
Sob o capô
O motor é o EA211 1.0 TSI Flex de até 128 cavalos a 5.000 rpm (etanol). Notem, que o Virtus automático atual rende até 116 cv utilizando o combustível vegetal. O torque de 20,4 kgfm (o mesmo para os dois combustíveis), é alcançado a 2.000 rpm.
De fato, o motor é bem responsivo com o câmbio automático de seis marchas (AQ250). Isso é percebido nas arrancadas. Na balança, o Virtus pesa 1.192 Kg, o que resulta na relação peso-potência de 9,31 Kg/cv.
A direção assistida eletricamente coopera na dirigibilidade, enquanto os freios são a discos nas quatro rodas, sendo os dianteiros ventilados. A versão com câmbio manual oferece engates precisos, bem como o 1.4 turbo na Exclusive deixa a sensação de sobrar motor.
Ele rende bons níveis de consumo urbano, com cerca de 8 Km/l no etanol e em torno de 11,5 Km/l na gasolina. Com um tanque de combustível de 52 litros (que no atual diminuiu para 49 litros), a autonomia rodoviária passa dos 750 km.
Quanto custa?
De acordo com a tabela Fipe, na data desta matéria, um Volkswagen Virtus Highline 200 TSI 1.0 Flex Automático ano/ modelo 2019 custa R$ 78.085,00. No mercado de usados, o preço médio varia entre R$72.000,00 e R$87.000,00.
Vale lembrar que, infelizmente, quanto mais vendido é um carro no Brasil, maiores as chances de ele ser roubado, que afeta no valor final de quem opta por fazer um seguro do mesmo.
De acordo com a Volkswagen, o preço da 4ª até a 8ª revisão do Virtus Highline, ano 2019, totaliza R$ 5.421,60, sendo as de 40 e 80 mil Km (10 mil Km a cada revisão) as mais salgadas, em R$ 1.561,68 (cada).
Conclusão
Com um entre-eixos de 2,65 metros, o maior da categoria, e amplo espaço interno, o Virtus tem nesses quesitos vantagens para ganhar os consumidores, inclusive taxistas e motoristas de aplicativo.
A facilidade de encontrar peças de reposição, a grande rede de concessionárias espalhadas pelo Brasil e a confiança na marca contribuem para a aceitação do Volkswagen Virtus. Para quem coloca tudo na ponta do lápis, precisa de um carro prático, robusto e bom custo-benefício, o Virtus sem dúvidas é uma baita opção!
O que você acha do Volkswagen Virtus? Caso seja dono ou ex-proprietário compartilhe a sua experiência nos comentários!
