Gasolina aditivada ou etanol aditivado: valem a pena? Sem dúvida

Gasolina aditivada ou etanol aditivado, realmente valem a pena? Essa é uma velha questão. Há quem seja contra, que é gastar dinheiro à toa, que só usa gasolina (ou álcool) comum e chega a se vangloriar disso.

Mas se quem assim pensa morasse nos Estados Unidos ou em qualquer país central se cansaria de procurar posto que vendesse gasolina comum (não falo em etanol porque é como jabuticaba, só tem no Brasil). Se cansaria e não acharia porque cerca de vinte e cinco anos para cá toda gasolina nesses países é aditivada.

Finalidade, manter os furos das válvulas injetoras (“bicos injetores”) limpas e com isso deixar essas importantes peças do sistema da alimentação funcionando conforme projetadas assegurando combustão a mais limpa possível. Limpas em termos de mistura ar-combustível correta, significa emissões de gases poluentes o mais baixas possível com o (bom) efeito colateral de consumir menos combustível.

Fica claro que o interesse de aditivar a gasolina é geral, não por que as companhias de petróleo sejam boazinhas.

Gasolina aditivada já era para ser comum

Mas, espere aí, se a gasolina aditivada é tão vantajosa, por que não é assim no Brasil, em especial quando tanto se fala em reduzir as emissões de CO2 pelo escapamento (associadas a consumo), o temível gás que está elevando a temperatura média da Terra que levará à sua destruição com as mudanças climáticas?

Pois pode ir pasmando: era para termos todas as gasolinas aditivadas há 11 anos. Ocorre que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) baixou Portaria determinando aditivação de toda gasolina a partir de 1/1/2014. Espetacular, não? O Brasil dar esse enorme passo e se alinhar aos países de vanguarda nesse aspecto.

Para os motoristas, alívio por se livrarem do fardo da escolha. Para o meio ambiente certeza de menos emissões. Mas, o aconteceu para ficarmos privados de tamanha benesse? Simples discussão.

A ANP determinou que a adtivação fosse feita nas refinarias, praticamente todas de Petrobrás, portanto controladas pelo governo, mas estas recusaram a missão alegando inviabilidade, que a aditivação deveria ser feita nas distribuidoras de combustíveis como era feito há tempo. Pronto, impasse formado.

O governo Dilma Rousseff, de mãos atadas, não teve saída senão adiar a importante medida por um ano. Terminou 2015 e nada resolvido. Entramos em 2016 e nada de luz no fim do túnel. Em meados de 2016 o Executivo colocou a Portaria da ANP na gaveta e lá se encontra a quase nove anos e nada indica que seja tirada de lá. E em 31 de agosto daquele ano d. Dilma, no seu segundo mandato, foi destituída do cargo pelo Congresso Nacional.

Continuaremos, portanto, a ter que escolher entre gasolina “comum” e gasolina aditivada, exceto, até onde sei, nos postos Shell, em que não existe mais gasolina comum, só aditivada, a V-Power.

O tão falado aditivo da gasolina aditivada e do etanol aditivado são na verdade dois, o detergente e o dispersante, que em conjunto impedem formação de depósitos carboníferos nas válvulas, câmaras de combustão válvulas injetoras. Ou seja, o motor funcionará conforme foi projetado por muito tempo.

Portanto, vale muito a pena escolher combustível (gasolina ou etnaol) aditivado, mesmo que custe alguns centavos mais. Quem abastece com gasolina Premium não tem que se preocupar. Todas contêm esses dois aditivos.

Você usa gasolina aditivada ou etanol aditivado no seu carro? Conte nos comentários.

---