A Ford Pampa – a primeira picape nacional que foi derivada de um carro médio – conquistou seu espaço e abriu espaço para outros nomes importantes na indústria automotiva brasileira.
A picape aproveitava a plataforma do Corcel II para baratear os custos e ganhar em produção de larga escala. A picape fazia sua estreia no mercado nacional em 1982. Sua caçamba podia levar 600 kg, graças a maior distância entre eixos da picape – que eram provenientes do Ford Corcel.
A picape concorria com nomes de peso como a Chevrolet Chevy 500 – derivada do Chevette – além da Volkswagen Saveiro e da Fiat 147 pick up. Em 1984, tanto a linha Pampa, quanto a linha Corcel e Del Rey ganhavam o novo motor CHT, que era compartilhado com o Ford Escort.
A sigla em inglês para câmara de alta turbulência disfarçava o fato de ser uma evolução do conhecido motor do Corcel II, retrabalhado nas câmaras de combustão para melhor desempenho e menor consumo. O motor tinha 1.6 litro e entregava 63 cv e 10,3 kgfm de torque.
Ainda em 1984, a Ford Pampa ganhava um sistema de tração 4×4 que também era compartilhado com a perua Belina. Era um sistema simples, porém, não muito prático, o que ajudou a versão a amargar as vendas.
Já nos anos 1990, a picape recebia o motor AP 1.8 – de origem Volkswagen – que era encontrado nas versões mais caras, como a L, GL e Ghia. Já o motor 1.6 CHT, acabou por equipar somente as versões de entrada.
Em 1992, a Pampa ganhou o mesmo conjunto frontal dos Ford Del Rey e em 1994 introduziu carburador eletrônico no motor 1.8. Já em 1995, a picape deixou de oferecer a versão 4×4, ficando somente com os modelos L 1.6 e 1.8, GL 1.8 e S 1.8.
A Ford Pampa resistiu até meados de 1997, quando a Ford a substituiu pela picape derivada do Fiesta, a Courier. Em seus 15 anos de vida, a primeira picape média da Ford conseguiu vender nada menos do que 380 mil unidades, além de ser a picape mais vendida do seu segmento, aliando robustez e conforto na medida certa.
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