Com tantas marcas presentes no Brasil e uma infinidade de carros diferentes, se destacar não é fácil. Mesmo que um modelo tenha qualidades de sobra, um concorrente que vende mais ou uma marca com mais presença torna a vida de bons carros bastante complicada.
Pensando nisso, reunimos nessa lista cinco carros verdadeiramente bons, mas que foram esquecidos pelos brasileiros. Todos eles vendem substancialmente menos que seus rivais e mereciam mais destaque nas categorias que atuam.
CAOA Chery Arrizo 5
Entre os carros da CAOA Chery, o sedã compacto Arrizo 5 é o que menos vende. Prova disso é que recentemente a marca reduziu a gama de versões para apenas uma opção. Ironicamente, ele é um dos mais interessantes modelos da marca no Brasil.
Com motor 1.5 quatro cilindros turbo de 150 cv e 21,4 kgfm de torque, ele só não é o sedã compacto mais potente do Brasil por causa do Virtus GTS. Eles empatam em potência, mas o Volkswagen tem mais torque. Além disso, a transmissão CVT não tem pretensões esportivas, apesar de ser bastante moderna e eficiente.
O maior problema do CAOA Chery Arrizo 5 se chama Chevrolet Onix Plus. Ele sozinho vende bem mais que seus concorrentes e dá pouca chance aos rivais. Além disso, o interior tem acabamento simples, o que o fez ficar ofuscado até pelo irmão maior Arrizo 6 que é substancialmente mais caro.
Renault Oroch
Lançada pouquíssimo tempo antes da Fiat Toro, a Renault Oroch mostrou ao mundo que existia espaço para uma picape intermediária entre as compactas e as médias. Mas, ela não teve o mesmo impacto da rival, que é maior e tem visual mais ousado. Como resultado, a Oroch nunca chegou perto do nível de vendas da Toro.
Outro agravante na picape intermediária da Renault está na motorização. Ela conta com eficiente motor 1.6 quatro cilindros aspirado de 120 cv e 16,2 kgfm de torque, mas não há nada além disso. Houve uma época em que o motor 2.0 aspirado era oferecido, mas ele é beberrão e dos tempos da Renault Scénic.
Além disso, a Oroch trouxe uma velha transmissão automática de quatro marchas como única opção para quem queria dispensar o pedal da embreagem. Enquanto isso a Fiat Toro é equipada com câmbio automático de seis marchas na maioria das versões. A falta de uma versão diesel também prejudicou a picape Renault.
Nissan Sentra
O Nissan Sentra pode se vangloriar de ser o único sedã médio abaixo de R$ 100 mil. Com três versões custando menos de cinco dígitos, ele é mais barato que os principais rivais Toyota Corolla e Honda Civic. Mas vende menos da metade que eles.
O problema é que o Sentra já está mostrando nítidos sinais de cansaço. A atual geração foi apresentada em 2012 e reestilizada em 2015. Mas para alívio dos fãs de sedãs médios, a nova geração já começou a ser produzida no México e deve ser importada para o Brasil em breve. O modelo ficou bem mais ousado que o atual e cresceu, além de ter se sofisticado.
Ele entrou para a lista de carros esquecidos por ser careta demais e por ser obrigado a dividir o showroom com Kicks e Versa, bem mais modernos. Atualmente ele usa motor 2.0 aspirado e câmbio CVT nas três versões disponíveis no Brasil.
Chevrolet Cruze Sport6
O caso do Cruze Sport6 não é só culpa dele, mas de todo o segmento. Não é segredo para ninguém que os hatches médios morreram por causa dos SUVs. Entre as marcas generalistas, sobrou somente a Chevrolet com o Cruze Sport6 para contar história. Fora ele, somente marcas de luxo vendem hatches médios no Brasil.
Ele tem como destaque o econômico motor 1.4 turbo de 153 cv. Aqui no Brasil é vendido unicamente com câmbio automático de seis marchas. Recentemente a Chevrolet fez alterações na gama de versões, dando à Premier um visual diferenciado do restante da linha.
Apesar de ser o único da categoria, o Cruze Sport6 não dorme no ponto e vem bem recheado: a versão topo de linha conta com piloto automático adaptativo, park assist, carregamento de celular por indução e até wi-fi à bordo.
Mitsubishi Eclipse Cross
Em um segmento em que o Compass é rei, a vida de outros SUVs médios não é fácil. Afinal, o Jeep vende mais que muito SUV compacto que custa substancialmente menos. Por isso, nem o visual esportivo do Eclipse Cross foi suficiente para convencer muita gente a partir para o modelo da Mitsubishi.
Mas ele vai além do estilo ousado: o SUV médio conta com motor turbo 1.5 de 165 cv atrelado a um câmbio CVT. Um diferencial frente ao Compass é opção tração integral associada às versões que bebem gasolina. O Jeep oferece tração 4×4 somente com motor diesel.
Recentemente o Mitsubishi Eclipse Cross passou por uma pesada reestilização. As mudanças foram feitas para amenizar alguns pontos polêmicos em seu design. Ficou mais próximo aos recentes lançamentos da marca japonesa e pode ser o fôlego que ele precisa para ganhar tração no Brasil.
>>Mustang, Camaro e Eclipse: por que esses esportivos viraram SUVs?
>>Cinco carros fracassados que o brasileiro já esqueceu que existiam
>>Novo Mitsubishi Eclipse Cross já está registrado no Brasil