O dia 11 de janeiro de 2021 certamente ficará marcado na história da indústria nacional. Neste dia, a Ford decidiu interromper seus laços produtivos no Brasil. Isso pôs, logo de cara, o fim da produção em duas unidades: Camaçari (BA) e Taubaté (SP). A unidade de São Bernardo do Campo (SP) já tinha fechado em 2019 e Horizonte (CE), da Troller, encerraria sua produção no fim de 2021.
A Ford já conseguiu vender as unidades de São Bernardo e Taubaté. Tudo indica que Camaçari seja a próxima. Considerada a mais difícil de vender, pelo seu porte, a unidade pode ser absorvida pela BYD. Em expansão no país, a chinesa parece querer investir pesado no país. A chegada de carros mais acessíveis prova isso, como D1 e Song Plus, ambos abaixo dos R$ 300 mil.
A BYD ainda quer investir ainda mais em elétricos acessíveis, bem como em híbridos, abaixo dos R$ 200 mil. Ter uma unidade em solo nacional era uma questão de tempo. De acordo com o pessoal do Automotive Business, os chineses já assinaram um protocolo de intenções com o governo da Bahia e prevê a instalação de três linhas de montagem em Camaçari.
Carros em 2025
Fruto de um investimento de R$ 3 bilhões, a unidade pode ter 1.200 funcionários diretos que vão produzir em três linhas de produção: ônibus, caminhões e automóveis. Nas mãos da BYD, Camaçari ainda pode ter uma unidade de processamento de lítio e ferro fosfato. De acordo com o site, o cronograma prevê os primeiros passos da BYD na unidade em junho de 2023.
Neste primeiro momento, será erguida a unidade de processamento de fosfato e lítio, para produzir baterias. Os insumos serão exportados para a China, para usar em veículos. A primeira linha de montagem será a de ônibus e caminhões elétricos, em meados de setembro de 2024. A linha de montagem de automóveis começaria em janeiro de 2025, de acordo com documentos.
Com isso, essa pode se tornar a segunda unidade fabril adquirida por marcas chinesas. A primeira delas foi a unidade de Iracemápolis (SP), que era da Mercedes-Benz. A unidade foi adquirida pela Great Wall Motors (GWM) e retoma a produção de automóveis a partir de 2023.
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