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BYD pode fazer carros elétricos terem crédito especial no Brasil

Enquanto negocia com os governos federal e estadual para construir uma fábrica na Bahia, a BYD articula mais incentivos para elétricos

Leo Alves

22/04/2023 12:00

A BYD pode fazer os carros elétricos ganharem uma linha de crédito especial no Brasil. Essa possibilidade começou a ser estudada por conta das negociações da fabricante para estabelecer sua fábrica no Brasil.

Os executivos da marca chinesa se reuniram com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para discutir o plano de instalação, em que se evidenciaram novas demandas visando alavancar as vendas de veículos elétricos no nosso país.

O início do projeto da BYD incluía a aquisição do parque industrial da Ford em Camaçari (BA), que está desativado. Recentemente, em sua viagem à China, Lula visitou a sede da montadora e conversou com os gestores, que endossaram novamente a implantação da fábrica brasileira, ainda que as tratativas não tenham sucesso com a Ford.

A segunda alternativa encontrada pela chinesa foi a de construir uma linha de produção totalmente nova, localizada em algum lugar determinado pelo governo da Bahia. A BYD demonstrou a vontade de optar por uma fabricação iniciada do zero, devido ao fato de acreditar que seria mais fácil construí-la, do que fazer adaptações em algo já existente.

A intenção da companhia chinesa é criar a maior linha de montagem para veículos elétricos e eletrificados fora do seu país de origem, para abastecer tanto o mercado interno, quanto países da América Latina.

Ainda com relação a esse assunto, a montadora exigiu alguns pedidos para caminhar com o empreendimento, sendo estes a criação de linhas de crédito para impulsionar o consumo de carros elétricos por parte de motoristas de aplicativo, táxis e pessoas de classes sociais mais baixas. A isenção do IPVA também foi pedida, mas isso não agradou muito o governador da Bahia.

Além de viabilizar esta nova linha de crédito para carros elétricos, o governo pretende adotar esses veículos em sua frota oficial, o que engloba também ambulâncias, ônibus escolares e transporte público.

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