O Brasil se prepara para a terceira onda da invasão chinesa. Primeiro tivemos Chery, JAC e Lifan abrindo as portas das marcas orientais por aqui. Depois, BYD e GWM solidificaram a imagem das chinesas mostrando tecnologia e (finalmente) confiabilidade. Só que em 2024 a nova invasão chinesa terá ainda mais marcas e carros.
Ainda não confirmadas
Até o momento temos como praticamente certa, mas não oficializada, a chegada das marcas Zeekr e Radar, controladas pela Geely, dona da Volvo. Aliás, existe ainda a chance que, no futuro, a própria Geely volte ao Brasil. A marca atuou aqui por um curto período de tempo representada pelo grupo Gandini, o mesmo da Kia, quando ainda fazia carros terríveis.
A Zeerk trabalhará somente com carros elétricos de alta potência e relativo luxo, se posicionando um degrau abaixo da Volvo. Já a Radar é a recém-criada marca do grupo que ainda não mostrou ao que veio. Por enquanto, só conta com a picape elétrica RD6 que tem porte de Fiat Toro e Ford Maverick.
Há rumores também sobre a volta da Lifan, agora rebatizada como Livan e parcialmente controlada pelo grupo Geely. A marca é especializada em elétricos e tem um sistema interessante de troca de baterias em postos próprios. Ao invés de carregar os carros, os donos dos Livan vão a um posto e trocam suas baterias vazias por outras cheias.
Da China também virá a ainda desconhecida Hozon Neta. A marca é relativamente nova, sendo criada em 2014, mas lançado seu primeiro carro somente em 2019. Ela conta com centro de pesquisa e desenvolvimento no Vale do Silício e trabalha somente com carros elétricos. O foco da Hozon Neta é desenvolver veículos autônomos.
Outra marca chinesa que está com a mira apontada para o Brasil é a Maxus. Flagrada com exclusividade pelo Auto+, a linha de vans comerciais seria o primeiro passo da fabricante controlada pela SAIC. Ela já é bastante presente em outros países da América Latina e foca em veículos comerciais, inclusive uma linha vasta de picapes médias que são a cara do Brasil.
As já confirmadas
Ainda que já tenha anunciado toda sua linha para o Brasil, as irmãs Jaecoo e Omoda ainda não começaram a vender seus carros por aqui. Controladas pela matriz da Chery na China, mas sem qualquer tipo de ajuda da CAOA, as marcas atuarão juntas. As duas, inclusive, já falam em produção nacional mais do que confirmada.
Do lado Omoda temos confirmado o SUV cupê 5, que terá versão semi-híbrida, provavelmente o mesmo conjunto dos Tiggo 5X Hybrid e Tiggo 7 Pro Hybrid, além de uma variante 100% elétrica. Só não está claro se ele será posicionado como rival de Jeep Compass e Toyota Corolla Cross ou vai brigar com Hyundai Creta e VW T-Cross.
Já a Jaecoo terá o 7, que será um SUV de porte médio, carroceria bem quadrada e parruda. A Chery pretende diferenciar as marcas através do posicionamento. A Omoda é mais jovem e urbana, enquanto a Jaecoo será off-road e mais sofisticada. Só que, não necessariamente, uma marca fica acima da outra em termos de preço.
Reforços em BYD, GWM e JAC
Engana-se quem pensa que as já estabelecidas JAC, GWM e BYD ficarão paradas em 2024. Muito pelo contrário: o trio prepara uma enxurrada de lançamentos e já tem planos para combater o aumento de impostos que afetará principalmente as marcas de origem chinesa neste ano.
A JAC não terá produção nacional, mas já confirmou o lançamento de três carros. O mais importante será o Yiwei 3, que certamente mudará de nome. O modelo é o BYD Dolphin da JAC e vem para brigar também com o GWM Ora 03. Além disso, terá uma inédita caminhonete média diesel e um SUV médio híbrido, voltando a vender carros a combustão.
Já a GWM deve iniciar as operações da fábrica de Iracemápolis, interior de São Paulo, com a produção local do Haval H6. A marca também terá a estreia dos SUVs da linha Tank, provavelmente o Tank 300. Já a linha de picapes Poer pode aparecer junto de um novo Haval, menor que o H6.
Do lado BYD, a marca já tem confirmado o Dolphin Mini, vulgo Seagull. Há também um Song Plus camuflado andando em testes. Pode ser a reestilização do SUV híbrido ou o Seal U, versão elétrica do Song Plus. A marca também lançará o SUV gigantesco U8 e pode trazer o sedã médio Qin Plus ou o inédito Qin L para cá para brigar com o Toyota Corolla.
A BYD, vale lembrar, também tem fábrica no Brasil. Recentemente ela comprou a planta da Ford em Camaçarí, na Bahia, e já prometeu que fabricará o Dolphin e o Song Plus por lá. O Yuan Plus também é cogitado, mas depois que surgiu o Yuan Up lá na China, é provável que os planos mudem para o SUV menor. A fábrica ainda não tem data para começar a operar.
Quais desses carros ou marcas chinesas você está mais ansioso pela chegada? Conte nos comentários.
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