A BMW pode retornar em breve à F1. De acordo com o jornalista Joe Saward, um dos mais renomados do meio automobilístico, existe um forte rumor de que a marca alemã iria se unir à McLaren para retornar ao grid da Fórmula 1, firmando uma parceria de fornecimento de motores para a equipe britânica.
O retorno à F1 seria motivado pela presença de suas maiores concorrentes na categoria. Afinal, a Mercedes-Benz estabeleceu uma das maiores hegemonias da história da categoria entre 2014 e 2021, vencendo todos os campeonatos de construtores e só perdendo o de pilotos na temporada passada.
Como se não bastasse o sucesso da Mercedes, a BMW também viu a Porsche confirmar o seu retorno, enquanto que a Audi anunciou que pretende fazer parte da F1 pela primeira vez em sua história. Dessa forma, apenas a marca da Baviera ficaria de fora do grid da principal categoria do automobilismo.
União com a McLaren
Caso confirme o casamento com a McLaren, não seria a primeira vez que ambas as empresas trabalhariam juntas. No início dos anos 1990, quando o McLaren F1 foi lançado e se tornou o primeiro carro de rua da empresa, a BMW era a responsável pelo motor do supercarro.
Era um V12 de 6 litros e 627 cv, capaz de levar o modelo aos 386 km/h e a atingir os 100 km/h em 3,3 segundos. Isso fez com que o McLaren F1 fosse o carro de rua mais rápido do mundo na época, e até hoje ele é o veículo aspirado mais veloz já construído.
Só que o sucesso do McLaren F1 não ficou restrito às ruas. Em 1995, o carro foi o vencedor das 24h de Le Mans. Dois anos depois, a vitória bateu na trave, com o modelo ficando em segundo lugar e utilizado a carroceria “Long Tail”, que deixava a traseira mais comprida.
BMW na F1
A tendência é que o retorno da BMW à F1 seja apenas em 2026, quando o novo regulamento de motores entrará em vigor. Esta pode ser a quarta passagem da marca na categoria, encerrando o hiato que dura desde 2009, quando a BMW se retirou completamente do campeonato.
A primeira passagem foi nos anos 1980. Equipe campeã do mundo em 1981 com Nelson Piquet, a Brabham passou a ser equipada com os motores BMW turbo em 1982. O primeiro ano não foi dos melhores, mas a parceria colheu frutos já em 1983, quando Piquet ganhou seu segundo título mundial. A parceria durou até 1987, quando a BMW anunciou a sua retirada da categoria. Antes disso, em 1986, a empresa alemã também forneceu motores para a Benetton.
Já a segunda passagem teve início em 2000, quando a BMW se juntou à Williams para fornecer seus motores V10. Embora não tenha conquistado nenhum título neste período, a BMW Williams brigava constantemente por vitórias e pódio, sendo sempre uma das favoritas.
Em 2006, depois de uma ruptura com a Williams, a BMW decidiu adquirir a tradicional equipe Sauber, criando a BMW Sauber. A partir desse ano, os motores eram V8, e a parceria entre as duas companhias atingiu o ápice em 2008, quando o polonês Robert Kubica venceu o GP do Canadá daquele ano, o único de sua carreira e o primeiro de um carro com o nome Sauber.
O problema é que a crise econômica daquele ano atingiu em cheio o setor automotivo. Com isso, a BMW repensou seus programas no automobilismo e anunciou que deixaria a F1 no fim de 2009, sem retornar para a categoria até o momento.
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