Destaque

Para BMW, elétrico além de mil km de autonomia é desnecessário

Com baterias diminuindo de tamanho, mas aumentando capacidade, carros elétricos chegarão cada vez mais longe. Mas para a BMW há um limite

BMW i4 [divulgação]
BMW i4 [divulgação]

A tecnologia das baterias está evoluindo muito rápido. A cada ano a autonomia aumenta exponencialmente, enquanto o tamanho das peças é reduzido e o preço também. Mas, para a BMW, há um limite nisso. A marca alemã acredita que mais de 1.000 km de autonomia são desnecessários, por mais que seja possível chegar além.

“A sexta geração de baterias nos dará 30% a mais de autonomia que a atual geração, mas não vamos além de 1.000 km de autonomia, por mais que possamos”. Admite Thomas Albercht, líder de eficiência dinâmica da BMW à revista Autocar. “Não achamos que haja tanta necessidade para baterias de longo alcance”.

Ou seja, para a BMW o limite de um carro elétrico é 1.000 km e, sinceramente, é algo mais do que ideal. É difícil um carro a combustão chegar a esse nível de quilometragem com um tanque – sendo possível sendo somente híbrido ou diesel. Além disso, pouca gente roda tanta quilometragem em tão pouco tempo.

BMW iX [divulgação]
BMW iX [divulgação]
É bastante provável que, em um carro de 1.000 km de autonomia, a grande maioria das pessoas precisará carregar seus elétricos uma ou duas vezes por mês. Hoje alguns carros chineses já estão atingindo esse nível de autonomia, só que ainda é algo bastante raro no mercado internacional.

Neue Klasse

Para a BMW, além de ter estabelecido um saudável limite para seus carros elétricos, a marca também mudará como suas baterias serão feitas. A nova plataforma modular Neue Klasse, desenvolvida também para modelos a combustão, utilizará sistema de baterias cilíndricas, ao invés das laminadas retas hoje existentes.

BMW iX3 [divulgação]
BMW iX3 [divulgação]
“Com essa nova geração de baterias, seremos bem mais flexíveis quanto a como integraremos a célula ao carro. Assim, todo o veículo se torna mais adaptável”. Ou seja, ao invés de usar a base do carro para as baterias e, obrigatoriamente, elevar o piso, as baterias cilíndricas poderão ser colocadas em outros espaços do carro e não afetar o interior.

>>Renault Kwid E-Tech volta a ser carro elétrico mais barato do Brasil

>>Fábrica da BMW em SC agora pode ser visitada pelo público

>>‘Mini-Renegade’ elétrico é revelado como Jeep Avenger