Desde sua estreia em 2011, o Nissan Versa tem se destacado pelo espaço interno generoso e pelo tamanho do porta-malas. Embora o design inicial não fosse o mais atraente, a funcionalidade era seu ponto forte. Na segunda geração, o Versa manteve essas características positivas e adicionou um toque de ousadia para se destacar entre rivais como o Chevrolet Onix Plus, o Hyundai HB20S e o Volkswagen Virtus, para citar.
O três volumes é oferecido em quatro versões, com preços que variam de R$ 113.390 a R$ 136.190. A grande novidade é a introdução da configuração SR, posicionada entre a 1.6 Advance CVT e a 1.6 Exclusive CVT. Embora a nomenclatura SR seja usada para as versões esportivas da marca, o Versa SR segue a fórmula do Sentra SR, lançado em 2011, transmitindo um visual esportivado.
O que o Nissan Versa SR tem?
Com um preço de R$ 125.190, o Nissan Versa SR preenche a lacuna entre as versões 1.6 Advance CVT (R$ 117.990) e 1.6 Exclusive CVT (R$ 136.190). Ele vem com uma lista de itens de série atraente e elementos visuais que transmitem ares de jovialidade.
O design desta segunda geração do Nissan Versa é uma evolução significativa em relação ao modelo anterior. Com linhas proporcionais, o sedã consegue harmonizar a dianteira e a traseira, bem como mede 4,49 m de comprimento, 1,74 m de largura, 1,46 m de altura e 2,62 m de entre-eixos. O porta-malas é de 482 litros.
Ou seja, maior que o do Hyundai HB20S (475 litros) e menor que o do Volkswagen Virtus (521 litros), mas ainda superior ao do Jeep Compass (410 litros). Embora muitos consumidores prefiram um SUV, o espaço do Versa é uma característica atraente.
Anos atrás, a Nissan trouxe ao Brasil algumas unidades do Sentra SE-R com motor 2.5 naturalmente aspirado – um rival do Honda Civic Si K20. Agora, a sigla SR no Versa o diferencia das demais versões. Por fora, destaque para o spoiler sobre a tampa do porta-malas, as rodas de liga leve de 16 polegadas e os logotipos alusivos à versão.
No interior, o Nissan Versa SR surpreende pela cabine espaçosa, com bancos revestidos em tecido preto e vermelho, tonalidade que se repete nas laterais das portas e na faixa de couro macio do painel.
O acabamento é bem cuidado e a lista de série inclui ar-condicionado analógico, chave presencial, carregador de smartphone por indução, controlador de velocidade, seis airbags (frontais, laterais e de cortina), câmera e sensor de ré, sistema Isofix para fixação de bancos infantis, alertas de colisão frontal e de objetos no banco traseiro.
Além disso, há controles eletrônicos de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, volante ajustável em altura e profundidade, retrovisor elétrico, sensor de chuva, partida por botão, câmera 360º e detecção de objetos em movimento.
Por outro lado, como nem tudo são flores, há pontos negativos, a exemplo do quadro de instrumentos parcialmente digital, o sistema multimídia de sete polegadas com gráficos e resolução que poderiam ser melhores, e a falta de iluminação nos botões dos vidros elétricos, exceto o do motorista.
O Nissan Versa é um carro que o condutor rapidamente o veste e não cansa após longas horas ao volante, graças aos bancos com tecnologia Zero Gravity desenvolvida pela NASA (National Aeronautics and Space Administration ou Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, em tradução livre).
No entanto, algumas falhas do Nissan Versa são compensadas pelo ótimo espaço para as pernas e joelhos dos passageiros traseiros. Embora não haja saídas de ar dedicadas, há tomadas USB para carregar smartphones e outros gadgets.
Motor naturalmente aspirado
A Nissan optou por manter o motor de quatro cilindros 1.6 naturalmente aspirado, combinado com uma transmissão CVT com seis marchas simuladas. Sem a presença de turbocompressor, o motor entrega 113 cv e 15,3 kgfm quando abastecido com etanol.
Apesar de não ter o desempenho de um motor sobrealimentado, como no Chevrolet Onix Plus ou no Hyundai HB20S, o comportamento do Versa é adequado à sua proposta. O motor HR16DE, compartilhado com o SUV Kicks, possui duplo comando de válvulas com variação na admissão e no escape, e injeção multiponto. Um conjunto que oferece um funcionamento suave e com baixa vibração.
O conjunto motor-transmissão proporciona um desempenho adequado para o uso urbano, com o motor operando em torno de 1.500 rpm em grande parte do tempo. No entanto, na estrada, é necessário planejar as ultrapassagens, mas o bom isolamento acústico deixa do lado de fora os ruídos externos.
A direção elétrica é bem calibrada, oferecendo leveza em baixas velocidades e o peso correto em velocidades mais altas. Já o consumo é de 11,8 km/l na cidade e 15 km/l na estrada, com gasolina, e de 8,1 km/l e 10,5 km/l, respectivamente, conforme o Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro. Contudo, o tanque de combustível de 41 litros pode exigir visitas mais frequentes ao posto de gasolina.
Mais próximo do chão em comparação com o Jeep Renegade ou o Volkswagen T-Cross, o Nissan Versa adota a fórmula clássica dos sedãs, oferecendo uma boa dirigibilidade e comportamento em curvas. A suspensão McPherson na frente e o eixo de torção na traseira garantem uma condução confortável e o conjunto filtro/absorve muito bem as irregularidades do asfalto.
As rodas de liga leve de 16 polegadas com pneus 205/55 ajudam a suspensão a trabalhar de forma eficiente, enquanto os freios usam discos ventilados à frente e tambores atrás asseguram paradas seguras.
Veredicto
O Nissan Versa SR oferece um pacote de série atrativo e uma dirigibilidade adequada à proposta, com um motor de quatro cilindros 1.6 naturalmente aspirado combinado com uma transmissão CVT. Embora não tenha turbocompressor nem injeção direta, o Nissan Versa SR entrega atributos ao volante.
É uma opção de compra atraente, assim como também proporciona uma dinâmica interessante nas curvas. Com revisões periódicas a cada 10.000 quilômetros ou 12 meses, oferece um custo de R$ 4.689 para as seis primeiras revisões periódicas, de acordo com o fabricante.
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