O segmento de hatches compactos oferece opções para todos os tipos de bolsos, sendo o Hyundai HB20 uma das escolhas preferidas dos brasileiros. Lançado em 2012, há tempos conquistou um lugar ao sol, mas será que esta versão Limited Plus, a mais cara com motor aspirado, vale a pena?
A gama é composta por seis versões e a Limited Plus, mais cara, com o motor 1.0 naturalmente aspirado, custa R$ 96.390 e vem equipada com o câmbio manual.
Finalmente belo
O Hyundai HB20 chegou ao nosso mercado em 2012 exibindo um desenho diferente do que os brasileiros estavam acostumados. Em 2015 e 2018, ganhou mudanças no design trazendo leves modificações no visual.
A partir de 2020, o hatch compacto debutou um design controverso que lhe rendeu um apelido pejorativo e se manteve até 2022. Contudo, como tudo evoluiu o Hyundai HB20 ganhou um visual melhor resolvido.
A nova estética trouxe os faróis amplos, grade e peças na dianteira escurecidas, assim como o capô com vincos centrais. Outras mudanças aparecem nas rodas de liga leve de 15 polegadas. No entanto, na traseira…
As lanternas interligadas são um capítulo à parte, contudo, elas trouxeram um “problema” ao Hyundai HB20. Afinal, as luzes de direção foram deslocadas para a porção inferior do para-choque, o que dificulta a visualização de quem vem atrás durante as mudanças de trajetória.
Está na hora de arrumar isso aqui
Essa é uma das maiores reclamações dos donos de Hyundai HB20 e de outros condutores. Uma falha que poderia ser facilmente corrigida pelo fabricante, bem como instalar a luz de ré em uma posição mais elevada para facilitar a visualização.
Em contrapartida, a visibilidade do Hyundai HB20 mostra uma boa área envidraçada, o que ajuda nas manobras. Só que os retrovisores poderiam ser ligeiramente maiores. O acesso à cabine é facilitado pelo bom ângulo de abertura das portas da mesma forma que elas são leves.
Gosta de andar
O Hyundai HB20 Limited Plus é ágil tanto na cidade quanto na estrada. Sob o capô, a mecânica de três cilindros 1.0 naturalmente aspirada rende 80 cv e 10,2 kgfm quando abastecido com etanol ou 75 cv e 9,4 kgfm, bebericando gasolina. O câmbio é manual de cinco marchas.
Com pouco mais de 990 kg, ele embala sem esforços, mesmo com o ar-condicionado ligado em grande parte do tempo. A caixa possui bons engates ajudando o motorista em meio ao trânsito.
Mesmo assim, o engate da marcha à ré poderia ser mais preciso, o que obriga engatar a primeira, para depois colocar a marcha reversa. O consumo é condizente à sua proposta de ser um hatch compacto e bom de andar na cidade.
Com etanol no tanque, o computador de bordo marcou 10,6 km/l (cidade) e 12,6 km/l (estrada). Além do consumo, o conjunto de suspensão garante um bom comportamento dinâmico, enquanto a direção assistida eletricamente possui o peso correto ao trafegar mais apressadamente.
Com 4,01 m de comprimento, o HB20 cabe em qualquer vaga, além de acomodar bem até quatro pessoas, com o assoalho traseiro praticamente plano e um bom espaço para as pernas e joelhos. O porta-malas é de 300 litros, embora o banco traseiro não seja bipartido.
Como estamos em uma carro manual, o pedal de embreagem tem um acionamento macio, embora o propulsor tricilíndrico transmita a vibração para dentro da cabine. Isso poderia ser corrigido com a instalação de uma manta acústica.
Apesar dessa crítica, os bancos acomodam bem os ocupantes e são de tecido. Por mais de R$ 90.000 poderia trazer o revestimento em couro.
A posição alta agrada e os comandos estão bem posicionados à mão, mas poderia ter um número maior de porta-objetos, os quais poderiam ser maiores, já que uma garrafa de um litro só pode ser acomodada no porta-copos ao lado do condutor.
Tecnologia de ponta
O painel de instrumentos é totalmente digital, algo que modelos rivais com preço próximo não possuem. Ele tem fácil visualização e é bastante personalizável. O que falta é o indicador de troca de marcha.
Já a central multimídia blueMedia de oito polegadas possui conexão Android Auto e Apple CarPlay sem fio. A interface é rápida, enquanto as trocas de faixas são feitas tanto na tela quanto pelos botões físicos.
Faz valer os centavos
O HB20 Limited Plus é a versão mais cara equipada com câmbio manual e motor aspirado. Custando quase R$ 100 mil, ele traz de série chave presencial, rodas de liga leve diamantadas de 15 polegadas, central multimídia com câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro, ar-condicionado, travamento automático das portas, partida por botão, sensor crepuscular e mais itens.
Faz falta um carregador de celular por indução. Em segurança, inclui Isofix, seis airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampas, piloto automático e limitador de velocidade, freios ABS com EBD. Só o piloto automático que poderia ter uma ativação mais simplificada.
Os retrovisores possuem ajustes elétricos, mas não iluminação nos comandos nem nos para-sois. Também não há entrada para carregar o celular no apoio de braço frontal para os passageiros de trás. Ao menos o acabamento da cabine é bem feito.
As partes inferiores são escurecidas e o teto é mais claro. Para dar ares de requinte, as portas possuem uma superfície macia ao toque e todas contam com vidros elétricos. As maçanetas internas e externas são cromadas.
O plástico predomina, mas tem boa aparência, sem transmitir um aspecto de projeto de baixo custo. O descansa braço dianteiro é regulável e macio. O porta-luvas poderia ser maior e ter iluminação, enquanto a regulagem dos bancos é manual.
Veredicto
Vale a pena comprar o HB20 Limited Plus? Sim. Ele é um modelo acertado e possui os atributos para continuar consolidado no mercado.
De todas as versões aspiradas, a Limited Plus é a que detém o melhor custo-benefício devido ao pacote de série, além de um desempenho condizente à proposta e um consumo de combustível adequado. Caso você possa desembolsar uma quantia a mais, escolha pelo HB20 Limited Plus ao invés do Comfort Plus.
Você teria o Hyundai HB20 na sua garagem? O que acha desse o hatch compacto? Conte nos comentários